
(23/11/2025) – A Schneider Electric, companhia de origem francesa especializada em tecnologias de energia e bastante presente no Brasil, divulgou um estudo que pode ajudar a acelerar os esforços de descarbonização do país.
O relatório, apresentado neste mês enquanto o Brasil sediava a COP 30 em Belém (PA), foi desenvolvido em conjunto pelo Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade (SRI) da companhia, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e oferece uma análise inédita com insights estratégicos para políticas públicas e tomadas de decisões empresariais.
O estudo completo está estruturado em três partes principais:
- Parte A: apresenta cenários prospectivos até 2050, analisando a descarbonização impulsionada pela demanda com base em experiências internacionais e os impactos sobre energia, emissões e tecnologia.
- Parte B: propõe recomendações de política industrial para o Brasil – incluindo incentivos econômicos, normas flexíveis e apoio à bioeconomia – visando impulsionar a competitividade, o emprego qualificado e as redes de valor circulares.
- Parte C: explora possíveis caminhos de descarbonização para a indústria brasileira, enfatizando a eletrificação e a eficiência energética como principais impulsionadores da transição verde.
“Uma de nossas principais conclusões preliminares é que o país está em posição única para modernizar sua economia de modo a atingir maior prosperidade e liderança em indústrias verdes, dada sua extraordinária dotação de energias renováveis. Com esse avanço, a descarbonização tende a ocorrer simultaneamente”, afirma Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para a América do Sul.
De acordo com o executivo, a eletrificação da mobilidade e a modernização do setor produtivo poderiam liberar até 33 milhões de hectares atualmente utilizados para biocombustíveis, permitindo a restauração florestal que poderia remover até 200 MtCO₂ anualmente.
“Isso possibilitaria ao Brasil se tornar um sumidouro líquido de carbono até meados do século, contribuindo decisivamente para a estabilidade climática global”, diz Segrera, segundo quem a estratégia da Schneider é assegurar que a modernização do setor produtivo esteja alinhada à transição global para economias de baixo carbono, agregando competitividade, inclusão social e preservação ambiental.