São Paulo, 05 de dezembro de 2025

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08/10/2025

Indústria projeta alta em máquinas agrícolas em 2025 e 2026

(09/10/2025) – A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq encerrou a 25ª edição do Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial apresentando o resultado da pesquisa de mercado realizada com fabricantes, que projeta crescimento de 3,4% para o setor de máquinas agrícolas em 2026.

Essa alta se dará sobre um crescimento de 10% projetado para este ano sobre 2024. O faturamento no ano passado atingiu R$ 62 bilhões e a previsão é encerrar 2025 com um faturamento de R$ 68 bilhões.

Esses dados foram apresentados pelo presidente da CSMIA, Pedro Estevão, que destacou o impacto dos juros elevados e das instabilidades externas sobre as perspectivas do próximo ano.

Na avaliação de Pedro Estevão, a projeção para 2026 revela “um crescimento bastante modesto, reflexo do que os fabricantes estão observando no mercado, especialmente com o tarifaço e os juros altos”.

O dirigente ressalvou, porém, que nos últimos dois anos tem sido marcados por uma baixa reposição de máquinas, o que pode gerar uma forte demanda futura.

Na área de crédito, o presidente da CSMIA destacou que metade das vendas de máquinas na safra 2024/25 contou com financiamento, mas apenas 36% tiveram juros equalizados, índice bem inferior aos 60% registrados em anos anteriores.

Inovação e inteligência artificial – Além das projeções de mercado, o seminário abordou temas estratégicos para a indústria, como inteligência artificial, novos modelos de financiamento e cenários macroeconômicos que afetam o agronegócio e a cadeia de máquinas e implementos.

A palestra de abertura foi conduzida por Gustavo Melles, sócio da StartWE Inovação e Comunicação, com o tema “Pense com a IA e acelere seus processos e lucros”. O especialista destacou que a inteligência artificial deve ser vista como inteligência ampliada, uma aliada que potencializa a performance dos profissionais e acelera a inovação dentro das empresas.

O advogado Marcelo Winter, da VBSO Advogados, reforçou o papel crescente do mercado de capitais no financiamento do agronegócio. Ele apontou que instrumentos como CPR, CRA, LCA e FIAGRO cresceram 315% entre 2022 e 2024, tornando-se alternativas viáveis para reduzir a dependência de crédito subsidiado. “Transparência, governança e profissionalização são fundamentais para que as empresas tenham acesso a esses recursos”, afirmou.

Cenário macroeconômico e desafios globais – O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, analisou os impactos da instabilidade nos Estados Unidos, a relação comercial com a China e os riscos climáticos do fenômeno La Niña. Segundo ele, o agronegócio deve continuar sendo motor de renda no Brasil em 2026, com geração estimada em R$ 1,6 trilhão.

O painel contou ainda com as participações de José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, e João Carlos Marchesan, primeiro vice-presidente do Conselho de Administração da entidade, que destacaram a preocupação do setor com o custo de financiamento e os impactos das tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras.

Perspectivas da agropecuária – No encerramento, o analista Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, destacou as tendências que devem moldar o futuro do setor, como a expansão dos biocombustíveis, a recuperação de pastagens degradadas e os gargalos logísticos que ainda limitam a competitividade brasileira. Ele também alertou para a dependência de fertilizantes importados, que atinge 90% do consumo nacional.

O conteúdo completo do seminário pode ser acessado através do link https://www.youtube.com/live/1yOJsPeRUFw

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