São Paulo, 06 de dezembro de 2025

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01/03/2025

Setor de válvulas industriais tem projeção otimista para 2025

(02/03/2025) – Impulsionado por fatores como o novo marco regulatório do saneamento, investimentos na área de óleo e gás e avanços no segmento sucroenergético, o setor de válvulas industriais vem registrando um crescimento significativo nos últimos anos. De acordo com a Câmara Setorial de Válvulas Industriais (CSVI) da Abimaq, o setor cresceu cerca de 20% entre 2023 e 2024. E as projeções para 2025 são bastante otimistas, com números ainda melhores.

Segundo Djalma Bordignon, presidente da CSVI, um dos principais fatores para esse crescimento foi o novo marco regulatório do saneamento, que impulsionou privatizações e investimentos na modernização das companhias de abastecimento. “Quem privatiza, investe. Isso gera expansão e modernização do parque fabril existente”, afirma.

No setor de óleo e gás, a retomada de investimentos da Petrobras também tem impulsionado a demanda por válvulas industriais. Com a lei de conteúdo local (Lei 15.075/2024), espera-se um fortalecimento da indústria nacional. “A Petrobras está investindo em refinarias, dutos e terminais, aumentando a necessidade de equipamentos. Um trem de refino do projeto de expansão da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), por exemplo, pode demandar mais de 30 mil válvulas”, explica Bordignon.

Outro setor em crescimento é o sucroenergético, que, além da produção de açúcar, também está expandindo sua atuação na geração de energia. Algumas empresas do setor registraram crescimento de até 50% no faturamento, impulsionadas pelo aumento da demanda global por açúcar e pela comercialização de bioenergia. “Os grandes grupos estão investindo em novas plantas e automatizando as existentes para aumentar a produtividade”, destaca o presidente da câmara.

O cenário para 2025 permanece otimista, com previsão de crescimento de até 25% no setor. Com novos investimentos, avanços na regulamentação e ampliação da indústria nacional, o mercado de válvulas industriais deve continuar em ascensão.

Smart Control e Biotech & Inox projetam crescimento – Especializada em válvulas para os segmentos de óleo e gás, químico e petroquímico, a Smart Control apresentou um crescimento expressivo em 2024, com alta de 33% nas vendas e foco na automação de válvulas. “Para 2025, estamos prevendo um crescimento entre 25% e 30%, principalmente no setor de petróleo, óleo e gás natural. Também contamos com um estoque robusto de aproximadamente 55 mil válvulas para atendimento de demanda”, aponta Edison Sobral, diretor geral da empresa.

Para acompanhar essa expansão, a empresa quintuplicou sua área de estoque, saltando de 1.000 m² para 5.000 m². Além disso, houve investimentos em infraestrutura, como empilhadeiras para movimentação de materiais pesados, cabines de pintura e bancadas de teste para válvulas. Já a área de usinagem é terceirizada, permitindo maior flexibilidade produtiva. A Smart Control também tem planos concretos de exportação para a América Latina em 2026.

A Biotech & Inox, por sua vez, é especializada no desenvolvimento e fornecimento de soluções em polipropileno e aço inox para o setor industrial. Atua na fabricação de equipamentos para tratamento de água e efluentes, atendendo ao setor de saneamento.

“O setor de saneamento tem apresentado grandes oportunidades de negócios para a Biotech & Inox. Em 2024, houve um crescimento entre 40 e 50% e para este ano a projeção de crescimento é desta mesma ordem”, afirma o diretor de operações Fernando Torres.

Taxa de juros é o maior desafio – Apesar das expansões e projeções otimistas, os desafios para o segmento de válvulas industriais, assim como para a indústria geral, ainda são expressivos. Segundo os executivos da Smart Control e da Biotech & Inox, a taxa de juros elevada é um dos principais entraves para o crescimento do setor.

“O maior problema da indústria brasileira hoje é a taxa de juros. Isso é uma variável que não depende da gente. Por exemplo, se uma empresa fechar e colocar todo o seu capital no banco, pode obter rendimentos maiores do que o lucro líquido da operação industrial, que gira entre 3% e 6% ao ano. É tão complexo que quem alcança 10% de lucro líquido, já se considera muito satisfeito”, avalia Sobral.

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