
(20/02/2025) – A Vale lançou oficialmente na sexta-feira passada (14/2) o Programa Novo Carajás, que terá como foco a retomada e a manutenção dos volumes de minério de ferro e a expansão da produção de cobre.
O programa prevê investimento de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2030, alinhado ao planejamento estratégico da empresa, na região de Carajás – uma província rica em minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética global.
De acordo com a Vale, essa iniciativa reforça seu compromisso com a mineração sustentável e busca contribuir para o protagonismo do Brasil na transição energética mundial.
A partir do potencial de expansão minerária de Carajás, incluindo as minas em operação, expansões e novos alvos, o programa impulsionará o beneficiamento de minério de ferro de alta qualidade, fundamental para a produção de aço verde, e de cobre, que tem papel central para a transição energética.
A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a um ritmo de 200 milhões de toneladas por ano (Mtpa) em 2030, a partir do adicional de 20Mt com a expansão da mina de Serra Sul (S11D) e a reposição da exaustão das minas atuais.
No caso do cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para cerca de 350 mil toneladas (Kt). Com isso, o programa terá uma contribuição relevante no PIB do Pará, na ordem de R$ 80 a 100 bilhões/ano. A produção futura, nas bases atuais, permitirá um aumento de R$ 15 bilhões nas exportações do estado.

Mineração Sustentável – Nos últimos anos, a Vale tem intensificado seu foco em ações relacionadas à transição energética e descarbonização: desde a produção do minério de ferro de alta qualidade, que aumenta a eficiência do alto-forno e reduz emissões das usinas siderúrgicas, passando pela oferta de níquel e cobre, essenciais para a produção de carros elétricos, até o desenvolvimento de produtos inovadores como o briquete, que diminui em até 10% as emissões na siderurgia.
A companhia também tem investido na mineração circular, como é o caso do projeto Gelado, em Carajás. Até 2030, a Vale prevê que 10% de sua produção total de minério de ferro seja composta por produtos de mineração circular. O Gelado, com uma produção de 6 Mtpa resultante do reaproveitamento de rejeito, terá um papel fundamental nessa meta, em direção a uma mineração sem rejeitos e produtos com baixa pegada de carbono.
“Carajás é um caso de sucesso de parceria entre público e privado, com processos de mineração a seco e tecnologias inovadoras, cerca de 60% do minério que o Brasil exporta. Ele traz ganhos para o nosso País, com potencial nos posicionar na liderança global no fornecimento de minerais críticos”, disse Gustavo Pimenta, presidente da Vale, para quem o novo programa “amplia uma frente de negócio que gera valor e alavanca oportunidades estratégicas de mercado para a companhia em uma economia baseada na indústria de baixa emissão de carbono”.

O lançamento foi feito em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita às operações da Vale no município de Parauapebas (PA). No evento, o presidente lembrou que a Vale era considerada uma das mais importantes empresas de mineração do mundo e hoje está em 14º lugar. “Se depender do governo, a Vale voltará a ocupar os primeiros lugares nas empresas de mineração do mundo.”
40 anos da Vale no Pará – O evento também comemorou os 40 anos de atuação da Vale no Pará. Nesses 40 anos, o a mineração consolidou a região como uma referência nacional fundamental ao desenvolvimento do País, impulsionando arrecadação, geração de empregos e movimentando toda a cadeia produtiva de fornecimento de bens, insumos, equipamentos e prestação de serviços.
Hoje, a empresa tem no Pará mais de 60 mil empregados, sendo 18 mil próprios e 48 mil terceirizados. O total de recursos desembolsados pela companhia em Carajás nestes 40 anos soma R$ 126,5 bilhões, entre custeio e investimento no negócio.