(20/02/2025) – O fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB), com linhas especificas para inovação, fizeram de 2024 o ano de maior volume de recursos para o setor industrial inovar.
Principal instrumento público de financiamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação no país, o FNDCT alcançou R$ 12,7 bilhões de orçamento e execução. Os recursos são usados para apoiar atividades de inovação e pesquisa em empresas e em instituições científicas e tecnológicas, nas modalidades de financiamento reembolsável e não-reembolsável.
Já pela NIB, em 2024, foram investidos via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) R$ 21,2 bilhões em 1.416 projetos, sendo R$ 17,832 bilhões da Finep e R$ 3,375 bilhões das empresas como contrapartida. Os valores do ano passado são quase três vezes maiores que os de 2023, um aumento de 171%.
Dentre as áreas tidas como prioritárias definidas pela atual política industrial estão a descarbonização da economia, a transição energética, bioeconomia, transformação digital, defesa, saúde, infraestrutura e mobilidade.
“O FNDCT é sem dúvida um dos pilares para viabilizar as iniciativas da Nova Indústria Brasil”, assegura André Clark, coordenador da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento criado e coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e vice-presidente sênior da Siemens Energy.
O FNDCT passou por cortes sistemáticos antes de ser reconhecido como instrumento decisivo para o progresso econômico, ambiental e social que o setor público e privado e a sociedade civil requerem.
Até o ano passado, o maior orçamento tinha sido o de 2013, com R$ 10,3 bilhões. De 2016 até 2022, além do valor do orçamento ter caído, houve uma sequência de contingenciamentos – em 2020, por exemplo, 65% do valor do orçamento foi contingenciado.
No entanto, de 2023 para o ano passado, além de liberar integralmente os valores, houve um aumento de 27,8% no orçamento. Em 2023, o orçamento foi integralmente recomposto, alcançando quase R$ 10 bilhões em recursos não reembolsáveis e crédito, atingindo R$ 12,7 bilhões em 2024. Em 2025, deve atingir novo recorde.
