
(30/01/2025) – A indústria de transformação brasileira conseguiu reverter uma queda de -1,0% no terceiro trimestre de 2023 para uma expansão de +4,6% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados da United Nations Industrial Development Organization (Unido)
O ritmo de avanço da indústria brasileira foi duas vezes maior do que o do total mundial (+2,3%) e pouco mais de quatro vezes mais do que o resultado da América Latina e Caribe em seu agregado (+1,1%). A maioria dos segmentos apresentou expansão, tendo como uma das poucas exceções a indústria de máquinas e equipamentos.
A produção manufatureira global registrou variação de +0,4% no terceiro trimestre de 2024, menos da metade do resultado do segundo trimestre (+0,9%).
As travas da indústria mundial consistiram nas economias desenvolvidas do Hemisfério Norte. Houve queda da produção na Europa e na América do Norte, bem como do conjunto de países industrializados de alta renda.
Embora no positivo e acima do total global, a indústria na China também perdeu dinamismo. Desacelerou de +1,5% para +1,1% do segundo para o terceiro trimestre de 2024.
Na comparação com o ano anterior, saiu de +6,6% para +5,9%, preservando, de qualquer forma, um patamar de resultado bastante superior ao que registrou na maior parte de 2023.
Setorialmente, foram os ramos de menor intensidade tecnológica que puxaram a indústria global para baixo, sob influência da virtual estagnação em alimentos (+0,3% ante o segundo trimestre de 2024) e da queda em bebidas (-0,5%).
Já a indústria de média-alta e alta tecnologia cresceram à frente do total global: +1,0% ante o segundo trimestre de 2024, com ajuda dos ramos de computadores e eletrônicos (+2,1%) e farmacêuticos (+2,6%).
Em contraste, entre as alavancas do crescimento estão os países industrializados de renda média (exceto a China), cuja produção ganhou vigor na passagem do segundo trimestre de 2024 (+0,3%) para o terceiro trimestre (+0,8%) e se mostrou resiliente (em +1,7%) na comparação com o ano passado.
Já do ponto de vista regional, o maior destaque positivo coube à indústria de transformação da América Latina e Caribe, puxada pelo Brasil, que, após quatro quedas consecutivas, aumentou sua produção em +1,7% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024, ocupando a liderança da expansão industrial mundial neste último trimestre.