
(15/10/2023) – “De 2015, quando assumi a direção da empresa até hoje, a Schunk do Brasil ampliou em 10 vezes o seu faturamento e também o número de funcionários”, informa Mairon Anthero, diretor geral da filial brasileira da empresa alemã, fabricante de sistemas de fixação, sistemas de garras e de tecnologias de automação.
De acordo com Anthero, a filial – fundada em 2012 – tem registrado crescimentos significativos ano a ano, o que não deve se repetir em 2023 – embora o diretor ainda considere um aumento, mas num volume menor, próximo dos 10%. “O ano começou forte, com muitos projetos, mas em seguida sentimos uma diminuição, principalmente no setor automotivo, que é um dos principais consumidores de nossos produtos”.
Em sua avaliação, as mudanças no campo político, associadas às altas taxas de juros, deixaram os empresários receosos de investir. “Mas apesar de todas as circunstâncias que cercam o nosso mercado ainda conseguimos crescer”, destaca.
Anthero conta que outros segmentos passaram a puxar os negócios, especialmente o setor agrícola e o de moldes e matrizes. “Temos visto um crescente interesse das empresas nacionais na busca de melhoria de processos, seja na linha de usinagem ou de automação, com o aumento da procura por novas tecnologias de fixação de peças e ferramentas, garras, acessórios para robótica e componentes para automação”, diz.

Para o executivo, o mercado brasileiro tem um grande potencial para a linha de produtos da Schunk. “O Brasil ainda está atrasado em termos do uso de novas tecnologias de fixação e automação e, portanto, oferece muitas possibilidades para continuar crescendo em termos de produtividade e competitividade”, diz.
Por isso, a matriz continua apostando no Brasil. A filial acaba de instalar um Centro de Validações de Aplicações Robóticas, batizado de CoLab, em sua sede em Mauá (SP). O espaço multifuncional é equipado com 6 robôs. Lá, uma equipe de engenheiros de aplicação apoiará os clientes da Schunk no teste de tarefas específicas de automação, permitindo que preparem suas aplicações de maneira mais planejada e otimizada, reduzindo os riscos na implementação de projetos.
Para o diretor geral, 2024 ainda é uma incógnita. No entanto, se diz otimista e acredita num resultado positivo da Schunk do Brasil, ainda que de apenas 5%. “Estamos sendo conservadores, pois existem algumas questões globais, além das nacionais, que não sabemos como afetarão a economia global, como a dívida dos EUA, a retração na China e as guerras em andamento”.
