
(15/10/2023) – A mais recente pesquisa “Indicadores Industriais”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o faturamento real do setor de transformação avançou só 0,6% em agosto de 2023, na comparação com julho.
O indicador segue em trajetória de queda desde o início do ano, quando começou a intercalar resultados negativos e positivos e quedas mais fortes do que os avanços. Na comparação com agosto de 2022, ele está 2,5% menor.
De qualquer forma, quatro dos seis indicadores da indústria avaliados pela CNI avançaram em agosto em relação a julho: faturamento real, massa salarial real, rendimento médio real e utilização da capacidade instalada. Mas caíram as horas trabalhadas na produção e o emprego na indústria.
“Embora a maioria dos índices tenha avançado em agosto, a pesquisa mostra que a as altas não têm sido suficientes para recompor as quedas dos meses anteriores”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. “Já se observa uma perda de dinamismo do setor industrial”.
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio real da indústria avançou 0,8% em agosto de 2023 em relação ao mês anterior. Na comparação com agosto de 2022, o crescimento é de 1,3%.
A utilização da capacidade instalada (UCI) avançou 0,1 ponto percentual em agosto e atingiu 78,5% de ocupação do parque industrial, percentual 2,5 pontos menor do que o registrado no mesmo mês de 2022.
“O recuo é consequência da queda ao longo do primeiro semestre. Nos últimos dois meses, a UCI alternou pequenas variações, após manter-se em clara trajetória de queda durante todo o primeiro semestre”, explica Azevedo.
Por seu turno, o emprego industrial recuou 0,2% em agosto. Desde o início do ano o indicador tem intercalado avanços e recuos moderados e oscilado em torno do mesmo patamar.
Mas, apesar da ausência de avanços expressivos, o indicador se encontra estabilizado em um nível acima do registrado em 2022 (0,4% maior que em agosto de 2022). Já a massa salarial real aumentou 0,9% em agosto ante julho.
O número de horas trabalhadas também se manteve próximo da estabilidade na passagem para agosto, com recuo de 0,1%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve recuo de 3,3%.