
(23/04/2023) – A Embraer e a sueca Saab assinaram memorando de entendimento visando fortalecer a colaboração entre as empresas em diversas áreas, especialmente no desenvolvimento de novos negócios e no setor de engenharia.
Pelo memorando, as companhias irão trabalhar em parceria para fazer do C-390 Millennium, da Embraer, parte do transporte aéreo tático da Força Aérea da Suécia, a partir da integração dos equipamentos e sistemas da Saab à aeronave, que é classificada como de categoria multimissão.
As empresas também buscarão novas oportunidades de negócio, incluindo potenciais clientes do caça Gripen no mundo.
O plano passa pela possível ampliação da participação da Embraer em contratos futuros do Gripen, e poderá incluir atividades conjuntas do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen, do Centro de Testes e da unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP), onde é feita a montagem final da aeronave.
Além disso, as empresas desenvolverão estudos técnicos para futuros caças, fortalecendo a transferência de tecnologia realizada pela Saab para a base industrial de defesa do Brasil e para a Força Aérea Brasileira (FAB).
Este trabalho pode apoiar o crescimento do Gripen E até 2060 e atender outras necessidades futuras do avião, na medida em que surgirem.
“Vejo o memorando de entendimento de maneira muito otimista. Estou certo de que, juntas, as duas empresas irão expandir ainda mais os seus negócios em vários mercados do mundo”, afirmou Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
O Gripen E/F é um sistema de caças multimissão que incorpora sensores, armas e pods de última geração, capaz de proporcionar superioridade aérea em ambientes em disputa.
O contrato entre o governo brasileiro e a Saab foi assinado em 2014, prevendo o fornecimento de 36 aeronaves à FAB, com a inclusão de apoio logístico, armas, sistemas de apoio, simuladores, formação e desenvolvimento.
O programa Gripen é a mais extensa transferência de tecnologia já realizada pela Saab e, para o Brasil, também significa impulsionar o desenvolvimento da indústria de defesa por meio de empresas locais, tendo a Embraer como seu principal parceiro estratégico no país.