(11/11/2007) – Fabricante de máquinas especiais, presente no mercado há mais de 20 anos, a TM Bevo está sentindo os reflexos do aquecimento do mercado nacional. Em 2007, o faturamento deve ser entre 15 e 20% superior ao registrado no ano passado.
O diretor Comercial, Evandro L. Orsi, explica que os clientes costumam recorrer às máquinas especiais quando necessitam reduzir os custos de produção. Problema bastante atual, já que a queda do dólar afeta fortemente setores aonde se encontram os principais clientes da TM Bevo, como automobilístico, de autopeças e de máquinas agrícolas e rodoviárias.
“As empresas de autopeças, por exemplo, nos procuram para aumentar a sua produtividade e competitividade”, justifica. O diretor lembra que nos últimos 12 meses o dólar perdeu cerca de 30% do seu valor, criando dificuldades para essas companhias exportarem seus produtos, que têm ainda de enfrentar os concorrentes internacionais que chegam ao Brasil fortalecidos pela atual taxa de câmbio.
“A solução é investir em aumento da produtividade para compensar a perda de valor do dólar”, sustenta. “Quem fazia 1 milhão de peças de um determinado item necessita, agora, duplicar ou até triplicar esse volume de produção para não perder mercado, aí é que entram as máquinas especiais”, exemplifica.
Orsi lembra ainda outro benefício da máquina especial, a redução no número de máquinas necessárias – e, portanto, também a redução do espaço físico – para produção de uma mesma peça. “Podemos, por exemplo, reunir numa mesma máquina as operações de mandrilamento, furação, fresamento e torneamento”, esclarece.
Como exemplo, cita o caso de um cliente que utilizava quatro máquinas para produzir uma peça de trator. Para esse cliente, a TM Bevo desenvolveu uma máquina que reúne as operações das quatro máquinas anteriores, capaz ainda de produzir os oito modelos do produto. “Hoje, está máquina não só realiza todas as operações simultaneamente, como ainda possibilitou dobrar a produção”, afirma. “Sem contar que, ao reunir as quatro máquinas em uma só, facilita-se o controle do processo produtivo”.
INVESTIMENTOS – Para atender ao aumento da demanda, a TM Bevo tem investido 10% do faturamento nos últimos anos. Segundo o diretor, em 2007, os principais investimentos se deram na ampliação em 30% da área de montagem e na contratação de profissionais para as áreas de planejamento, engenharia e processos.
Orsi acredita que o atual ritmo de crescimento da economia brasileira será mantido em 2008. Assim, estima que a TM Bevo irá alcançar no próximo exercício crescimento de pelo menos 15%. O diretor acrescenta ainda que, apesar da queda do valor do dólar, a empresa mantém a estratégia de ampliar as exportações estabelecida há cinco anos. Nesse período, já conquistou clientes na Itália, México, China e Uruguai, basicamente a partir da participação em feiras internacionais, com apoio da Apex. “Hoje, as exportações já representam 10% de nosso faturamento. Nosso objetivo é elevar esse índice para 30%”.