(14/02/2010) – Um protótipo desenvolvido por uma equipe do Senai, em Luzerna (SC), promete incentivar a reciclagem de alumínio e ainda gerar mais lucros para as indústrias. Trata-se de um compactador capaz de agregar valor às sobras da usinagem, hoje vendidas para empresas de reciclagem sem nenhum beneficiamento. O projeto será um dos representantes de Santa Catarina na mostra nacional Inova Senai, que será realizada em março no Rio de Janeiro.
Para o desenvolvimento, os pesquisadores estudaram o caso da empresa Tecnomoldes, de Joaçaba, que utiliza alumínio em seu processo de produção. O processo de usinagem na empresa gera um volume de cerca de 300 kg de cavacos de alumínio por mês.
Segundo a coordenadora do projeto, a professora Silvana Meneghini, após condicionar este cavaco em pacotes, as empresas precisam armazenar os cavacos em ambientes específicos, para depois vendê-los a R$ 2,10/kg. “Mas, após a prensagem e a transformação em briquetes, as indústrias podem comercializar o cavaco a R$ 3,80/kg, pois nesse estado a reciclagem é mais fácil”, explica.
O equipamento prensa o alumínio, ao mesmo tempo em que o aquece, resultando em uma redução de 25% no volume. “Com a diminuição, as empresas vão precisar de menos espaço físico para estocagem, terão menor custo com transporte e conseguirão um valor maior pelas sobras”, ressalta Silvana.
Outros benefícios serão o incentivo à reciclagem do alumínio e os consequentes ganhos ambientais. Isso porque estudos laboratoriais apontam que a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia, em comparação ao que seria utilizado para produzir o alumínio primário.
