(05/07/2009) – A situação dos ex-funcionários da Cross Hueller, demitidos no final de março, está mais próxima de uma solução, após a General Motors ter feito o depósito (em juízo) de R$ 16,4 milhões, referente a dívidas que tinha com a fabricante de máquinas. O valor devido das verbas rescisórias dos ex-empregados é estimado em R$ 6 milhões.
Após o pagamento, a juíza do caso autorizou a retirada de seis máquinas que pertenciam à GM e que se encontravam dentro da fábrica da Cross Hueller, em Diadema. Os ex-funcionários, que se mantêm em vigília na porta da fábrica, informados do pagamento, permitiram a retirada das máquinas.
Os trabalhadores também permitiram que a Cross Hueller retirasse algumas peças da fábrica, para a realização de trabalhos de manutenção numa montadora do ABC, que desde o fechamento da fábrica aguarda a realização de serviços de assistência técnica. “Mas estamos mobilizados em relação à realização desse serviço, pois existem boatos de que a empresa trará de 8 a 10 técnicos alemães para realizá-lo. É um absurdo, com tantos desempregados aqui, trazer gente da Alemanha”, diz Celso Neves, um dos demitidos.
Com a entrega do plano de recuperação judicial, feita no final de junho, a Cross Hueller tem agora 60 dias para quitar as dívidas. Os ex-funcionários têm prioridade no recebimento, mas, segundo Neves, isso precisa passar por uma aprovação a ser feita numa assembléia dos credores.