(03/02/2007) – Para registrar os 70 anos de sua trajetória, iniciada em janeiro de 1937, a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) publicou “A História das Máquinas”. O livro trata das máquinas no Brasil e no mundo, o avanço da tecnologia e políticas para o setor e resgata a história da entidade, foi editado pela Magma Cultural e contou com Banco do Brasil, Bradesco e das empresas SEW e WEG.
“Começava naquele turbulento 1937, da guerra civil espanhola e do Estado Novo de Getúlio Vargas, no Brasil, o nosso Syndicato dos Construtores de Machinas (com y e ch), fundado por um pequeno grupo de pioneiros. Desde o início integrados às federações estaduais das indústrias, mas também com independência e autonomia em relação a elas. Podemos dizer que nesses últimos 70 anos participamos ativamente da história da indústria, da agricultura, da mineração, da construção civil e da economia do país”, relata o presidente da Abimaq, Newton de Mello, na apresentação da obra.
O primeiro capítulo do livro – “Do Vapor ao Computador” – mostra os principais momentos da evolução das máquinas no mundo. Começa apresentando aos leitores a mais antiga máquina-ferramenta para metais de que se tem notícia (que não seja de propulsão humana ou animal), uma mandrilhadora de canhões de bronze. Segue contando as experiências inovadoras de Leonardo da Vinci, o pintor que desenhou máquinas do futuro, como ventiladores, escavadeiras de pequeno porte e fornos. A história segue por James Watt e a máquina a vapor, passa por muitos inventores, os primórdios da pré-fabricação na construção civil, com o Crystal Palace, a máquina de costura, os motores de Werner Von Siemens, os automóveis, o comando numérico e os robôs para chegar às nanomáquinas.
No segundo capítulo – “O Brasil e as máquinas” -, a história começa pelas ferrovias, por Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, responsável pela construção da primeira ferrovia do Brasil. As pioneiras famílias Nardini, Bardella, Semeraro, Villares, Matarazzo e Ribeiro desfilam pelas páginas do livro, recheadas de fotos memoráveis de chão de fábrica dessas indústrias antigas.
O setor automotivo, que também tem um peso especial na história das máquinas no Brasil, não poderia faltar. A Ford, a GM e a Romi, com o primeiro veículo fabricado no Brasil, a Romi-Isetta, passeiam nas páginas seguintes. O livro também mostra o desenvolvimento chegando ao campo, por meio de fabricantes de máquinas agrícolas como Jacto, Jumil e Marchesan, que contribuíram para o avanço do agronegócio.
Outro assunto do volume é a efervescente industrialização dos anos 50 e 60. O capítulo “Itaipu, Petrobras, Angra 1 e 2 e Embraer” aborda os planos de governo e políticas industriais com seus erros e acertos, além dos tetracombustíveis, a tecnologia de enriquecimento de urânio e as supermáquinas agrícolas.
O último capítulo traz para o leitor a história da Abimaq, “uma bela e valorosa história”. O texto informa as principais realizações da entidade, as gestões de presidentes como Einar Kok, Luiz Carlos Delben Leite e Sérgio Magalhães. “As batalhas, as vitórias e derrotas. As muitas e muitas estratégias que adotou para se adaptar às mudanças na política do governo e aos cenários mundiais. Foi uma longa trajetória e certamente longo e revestido de êxito será nosso percurso ao longo do século XXI”, conclui o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), em seu depoimento no livro.