(03/02/2007) – A Transpetro, subsidiária da Petrobras, assinou contrato na semana passada com o Consórcio Atlântico Sul para a construção dos primeiros 10 navios-petroleiros, incluídos na primeira fase do Programa de Modernização e Expansão da empresa.
Essas 10 embarcações fazem parte do programa que prevê a construção de 26 navios-petroleiros, nesta primeira fase, com geração de 22 mil empregos. Só para Pernambuco, a expectativa é de que sejam criados 11 mil novos postos de trabalho. Segundo a Petrobras, o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro terá impacto importante na economia pernambucana, porque induz o surgimento de um novo pólo de desenvolvimento industrial, o de construção naval.
Implantado segundo os mais avançados padrões tecnológicos, o novo pólo, que surgirá a partir do estaleiro do Consórcio Atlântico Sul, vai atrair novos investimentos para o estado, aquecendo o mercado de negócios e de trabalho. Mesmo antes da assinatura dos contratos, o programa já começou a gerar benefícios no estado, com os cursos de capacitação profissional criados em parcerias do Governo Federal, Governo de Pernambuco e diversas instituições.
Os demais navios, encomendados nesta primeira fase do projeto da Transpetro, serão construídos em estaleiros do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, que também venceram a licitação realizada em 2006: Consórcio Rio Naval (RJ), Estaleiro Mauá Jurong (RJ) e Estaleiro Itajaí (SC). O valor total dos 26 navios (US$ 2.483.479.543) ficou apenas 1% superior ao que seria pago se a encomenda fosse feita no mercado de fabricação de navios do exterior, considerando as elevadas exigências de projeto e de construção de um navio-petroleiro.
No total, o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro prevê a construção de 42 navios. Os objetivos são: substituir navios, modernizar e ampliar a frota própria da empresa; aumentar a capacidade de atendimento às necessidades de transporte do Sistema Petrobras; e contribuir para a revitalização do segmento de construção de grandes navios, promovendo desenvolvimento para o Brasil, com geração de tecnologia, empregos e renda. A segunda fase, que será implementada logo após a assinatura dos contratos dessa etapa inicial, levará à construção de mais 16 navios.
Os navios fabricados no Brasil vão permitir uma redução nos gastos do país com afretamento de embarcações de bandeira estrangeira. O Brasil gasta US$ 10 bilhões, por ano, em transporte marítimo. Só a Petrobras gasta anualmente US 1,2 bilhão, em afretamento de navios.
EMPRESAS VENCEDORAS DA LICITAÇÃO
Lote 1 (10 navios Suezmax) – Consórcio Atlântico Sul, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Aker Promar e Samsung. Preço global: US$ 1.209.500.000,00; preço médio, por navio: US$ 120.950.000,00.
Lote 2 (cinco navios Aframax) – Consórcio Rio Naval, formado pelas empresas MPE Participações e Administrações S.A., IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. e Sermetal Estaleiros S.A, com parceria tecnológica da Hyundai. Preço global: US$ 517.000.000,00; preço médio, por navio: US$ 103.400.000,00
Lote 3 (quatro navios Panamax) – Consórcio Rio Naval. Preço global: US$ 349.000.000,00; preço médio, por navio: US$ 87.250.000,00.