(25/01/2015) – O Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil inicia a fabricação do terceiro dos quatro submarinos de propulsão convencional previstos. O objetivo do Prosub é viabilizar a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear (SN-Br), previsto para ter início em 2016, além dos quatro de propulsão convencional.
De acordo com a Marinha do Brasil, a construção das embarcações contribuirá para a ciência e a tecnologia brasileiras, tanto na geração de energia elétrica, como no desenvolvimento de novos materiais, na produção de radioisótopos para a medicina e irradiação de alimentos para conservação. “Ao final desse programa, o País terá adquirido um conhecimento tecnológico muito grande para a nossa indústria, nossas universidades, e uma capacidade que poucos países no mundo têmchr38quot;, avaliou o coordenador-geral do projeto, o almirante Gilberto Max, segundo a Agência CT&I.
Na construção dos quatro submarinos convencionais, estima-se que cada uma das embarcações contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados por mais de cem empresas brasileiras, incluindo a criação de sistemas, equipamentos e componentes, treinamento para o desenvolvimento e integração de softwares específicos e suporte técnico nas respectivas empresas durante a produção desses componentes.
As embarcações estão sendo construídas sob coordenação da Nuclep – Nuclebrás Equipamentos Pesados, empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como nos dois primeiros submarinos, as chapas que comporão o casco do SBR3 são provenientes da França. A parceria com o governo francês prevê a construção, com transferência de tecnologia, de quatro submarinos convencionais e um a propulsão nuclear.
O primeiro submarino – SBR1 – está na fase mais adiantada. Suas primeiras grandes seções, com extensão aproximada de 9 metros, estão a caminho da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) onde receberá componentes internos. As seções foram construídas pela Nuclep. A produção do SBR1 começou em 2010, ainda na França, com a montagem da proa, por meio do programa de transferência de tecnologia com a DCNS. Já no Brasil, a fabricação e montagem do corpo e da parte traseira foram iniciadas no segundo semestre de 2012.
As subseções encontram-se unidas e prontas para receber o escotilhão – importante peça do casco resistente que permitirá a retirada de grandes equipamentos, como os motores a diesel, durante os períodos de manutenção de maior complexidade. A seção irá se juntar à parte da “velachr38rdquo; do submarino, uma das partes mais complexas da embarcação. O segundo submarino (SBR2), que está sendo totalmente construído no Brasil, está na fase de montagem e fabricação das primeiras subseções da proa, iniciada em 2014 e que deve se estender ao longo de 2015.