(29/06/2014) – A Progress Rail/MGE entregou esta semana sua primeira locomotiva nacional. O destino foi a cidade de Natal, onde fará parte dos trens da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A segunda máquina, que completa o pedido, será entregue ainda em julho também com nacionalização acima de 60%.
Como outras empresas do setor ferroviário, a MGE aguarda definições de programas governamentais para que as projeções otimistas feitas para o setor se concretizem. A renovação da frota (com idade média de 30 anos) é a mais aguardada. O gerente de Vendas e Marketing, Carlos Teixeira, porém lembra que isso só irá acontecer quando forem liberadas condições de crédito atrativas via BNDES.
Teixeira também aposta na demanda proveniente da criação de novos operadores privados que irão compartilhar as vias existentes e as que estão em construção, como a Ferrovia Norte-Sul. “O que falta neste momento é estabelecer os prazos para que tudo isto saia do papel e se transforme em execução”, avalia.
Nas previsões do gerente, o grande crescimento da carteira de pedidos virá em dois anos. “O aumento de demanda ocorrerá principalmente a partir de 2016, com a finalização de grandes projetos de infraestrutura nas principais ferrovias do país (carga e minério de ferro). O acréscimo de máquinas novas na frota em 2015 ocorrerá de forma discreta, mantendo ou até caindo com relação aos anos anteriores”.
O gerente conta que a empresa também realizou investimentos para a fabricação de locomotivas em bitola métrica AC, com uma versão em 8 eixos pioneira no mundo. O primeiro modelo será entregue ainda este ano, mas o nome do cliente ainda não pode ser revelado. O principal investimento foi feito nos setores de engenharia das unidades Muncie e Chicago, nos Estados Unidos. No Brasil, foi desenvolvido o fornecimento dos motores elétricos de tração, que estão sendo produzidos pela MGE em Diadema e para os truques, que são modelos novos fabricados sob especificações da Progress Rail.