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São Paulo, 30 de maio de 2025

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05/10/2013

Baixo crescimento frustra setor de tubos e conexões


(06/10/2013) – A expectativa gerada com os grandes projetos na área de óleo e gás e o possível boom na área de infraestrutura para os grandes eventos esportivos não se concretizaram em negócios, frustrando o setor de tubos e conexões. Na avaliação do diretor da Abitam – Associação de Brasileira de Tubos e Acessórios de Metal, José Afonso Marques, as promessas de grande movimentação com os eventos esportivos deixaram a desejar. Pelos seus cálculos, o setor acompanhará a média de crescimento da indústria este ano, ficando entre 1 e 2%.

Para aumentar ainda mais a frustração do setor e o pessimismo de Marques, a participação de produtos importados no mercado interno tem registrado crescimento constante, beneficiados pelo câmbio, “com preços que os fabricantes nacionais não conseguem atingir”. Se há cinco anos, a participação de tubos e conexões importados não chegava a 3%, hoje já responde por cerca de 15% do mercado nacional.

A Flanjaço é uma das empresas que adotou a importação de produtos standard asiáticos. Em 2013, a empresa triplicou a importação e trouxe para o Brasil 150 t/mês de conexões. Já na linha de projetos especiais, a empresa mantém produção própria. Tiago Rafael, diretor Comercial da Flanjaço, informa que a empresa inclusive aumentou a capacidade de produção, com a instalação de nova fábrica de tubos e conexões calandradas, em julho, ao lado da unidade de produção de flanges, em Guarulhos (SP).

Já a Sanken, fabricante de tubos de alto padrão para a indústria de óleo e gás, enfrenta outro tipo de dificuldade: a dependência do único fornecedor nacional de chapas, a Usiminas, “com reajustes que não têm acompanhado o mercado”. Diante desse quadro, Jackson Marques, coordenador do Departamento Comercial, revela que, pela primeira vez, a Sanken cogita importar o produto.

O diretor da Abitam conta que, para escapar da concorrência com os importados de baixo custo, as empresas do setor têm investido na fabricação de produtos de maior valor agregado. A Tuper, de São Bento do Sul (SC), adotou a estratégia da diversificação, inaugurando este ano a produção de andaimes. “A nova linha teve investimento de R$ 8 milhões e faz parte de nossa estratégia de diversificar a produção e agregar maior valor aos produtos”, explica o gerente de Vendas, Benildo Mafra.

Em Caxias do Sul, a Voestalpine Meincol inaugurou em junho unidade voltada à fabricação de tubos para projetos especiais. A nova planta possui 11 mil m² de área construída e terá 60% da produção destinada aos setores automotivo pesado, de construção civil e agrícola.

PERSPECTIVAS – Marques, da Abitam, ressalta que as perspectivas para o setor são boas no longo prazo, o que explica a instalação de novas fábricas no País e a ampliação de algumas unidades. O diretor da entidade lembra que a substituição do uso do concreto por estruturas tubulares, comum nos países europeus, aos poucos está sendo incorporada à construção civil brasileira. Além disso, mantém a aposta de que as obras de infraestrutura irão consumir cada vez mais tubos, o mesmo acontecendo com o setor de óleo e gás com a retomada dos leilões de blocos do pré-sal.

Óleo e gás e construção civil são os dois principais mercados para tubos e conexões no Brasil, cada um deles respondendo por 25% das vendas do setor. De acordo com a Abitam, o setor de tubos e conexões movimenta hoje US$ 6,8 bilhões ao ano no Brasil, tem capacidade instalada para produzir 5,5 milhões de toneladas por ano e gera 28 mil empregos.

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