(21/04/2013) – Há quase uma década a Fagor Automation decidiu que para continuar crescendo no segmento de transdutores lineares e angulares (DRO), acessórios voltados à medição em máquinas-ferramenta, seria fundamental investir numa nova fábrica. E, em especial, que essa fábrica deveria estar capacitada a produzir os próprios cristais.
O investimento de cerca de 15 milhões de euros, concluído há cerca de cinco anos, se provou mais do que acertado. Não só porque a empresa tem registrado crescimento constante na casa dos 30% ao ano, como também porque o seu antigo fornecedor foi adquirido por aquele que é hoje o seu principal concorrente nesse segmento de mercado.
A nova fábrica de 10 mil m² foi instalada em Eskoriatza, na Espanha, cerca de 6 km de Mondragon, onde está a sede do grupo. Foi construída sobre uma espécie de “colchão”, capaz de isolar o edifício de qualquer tipo de vibração que poderia afetar a produção das réguas de precisão nanométrica. Além disso, a unidade conta com ambiente estéril e controle absoluto sobre temperatura, umidade e pressão e é certificada por laboratórios independentes de todo o mundo.
Capacitada para fabricar produtos de até 500 nanômetros, na planta de Eskoriatza são produzidos transdutores lineares e angulares e réguas absolutas e incrementais para aplicação em máquinas convencionais e CNC. A linha de réguas está disponível nos tamanhos entre 120 mm a 30 m – sob encomenda podem chegar a até 60 m.
Hoje, os produtos contam com interfaces para os principais CNCs do mercado, como Fanuc, Siemens e Mitsubishi, além é claro dos produzidos pela própria Fagor Automation. Asier Telleria, do Departamento de Marketing da Fagor Espanha, conta que esses fabricantes abriram seus protocolos à Fagor (e homologaram as réguas), até porque estes – embora concorrentes na área de CNC – também se beneficiaram com o fato de o mercado contar com mais de um fornecedor. Vale lembrar que o outro fornecedor de transdutores é também um fabricante de CNCs, a alemã Heidenhain.
Esse processo abriu o mercado mundial para a empresa, que atualmente fornece para os principais fabricantes mundiais de máquinas-ferramenta, com clientes em todos os continentes. “O resultado é que temos obtido um forte crescimento nesse segmento”, informa Telleria. De tal maneira que, internamente, se avalia que em cinco anos, a continuar nesse ritmo de crescimento, a área de medição pode superar em faturamento a área de CNCs. ”Há 5 anos, essa área representava cerca de 15% do faturamento da Fagor Automation. Hoje já está na casa dos 30%”.
Telleria explica que o domínio da tecnologia da gravação do cristal, associado às tecnologias de medição já desenvolvidas na planta em Eskoriatza e que já resultaram em várias patentes, permitirão à empresa alçar outros voos no campo da ótica em vários setores industriais, inclusive nos campos aeroespacial e medico-hospitalar.
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