(24/02/2013) – A Volvo Construction Equipment decidiu produzir retroescavadeiras no Brasil. Para tanto, a empresa está transferindo a linha de produção da fábrica de Tultitlán, na região metropolitana da Cidade do México, para Pederneiras, no interior de São Paulo, onde a Volvo tem uma unidade fabril que já produz outros modelos de equipamentos. “A partir desta fábrica vamos produzir as retroescavadeiras para abastecer o Brasil, todos os demais países da América Latina, os Estados Unidos e o Canadá e alguns outros mercados”, declara Afrânio Chueire, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America Sales Region.
Inicialmente estão sendo investidos cerca de US$ 10 milhões apenas na transferência da linha. Com a mudança, apenas o Brasil e a Polônia terão fábricas destas máquinas da marca. Em Pederneiras serão produzidos os modelos de retroescavadeiras BL60B e BL70B, as mais consumidas nos mercados atendidos pela Volvo nas Américas Latina e do Norte.
A transferência da fábrica para o Brasil trará muitos benefícios. “A começar pela oportunidade de oferta de financiamentos por intermédio do Finame, linha de recursos do BNDES voltada para bens de produção que tem juros baixos e prazos longos”, diz o presidente. Outras vantagens são a redução do prazo de entrega dos equipamentos e ganhos logísticos. “E, internamente, dinamizaremos a produção e teremos ganhos de eficiência por conta da escala”, complementa.
A localização do conteúdo começará com a produção de componentes importantes da retroescavadeira, como a lança, os braços, as estruturas e a cabine. A fabricação em Pederneiras será feita de forma progressiva ao longo deste ano.
As retroescavadeiras representam quase um terço do total das vendas anuais de equipamentos de construção no Brasil. “Com a produção local pretendemos ganhar participação no segmento. É mais um passo na estratégia de expansão da marca”, comenta o executivo.
CRESCIMENTO – Chueire também comentou o desempenho da empresa em 2012. No ano passado, a Volvo CE registrou o terceiro melhor ano de sua história no continente. “Foi um bom ano. O mercado confirmou nossa expectativa de crescimento”, declarou. “Foi, também, o terceiro ano consecutivo de vendas acima de quatro mil unidades na América Latina”.