(14/12/2025) – Com quatro dias úteis a menos que outubro, os indicadores de desempenho do setor automotivo em novembro apresentaram uma série de recuos tanto em relação ao mês anterior quanto a novembro do ano passado, de acordo com o balanço mensal apresentado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Houve desaceleração no mercado interno e nos embarques para outros países. Em novembro, foram vendidas, no total, 238,6 mil unidades, um recuo de 8,5% em relação a outubro e de 5,9% diante do mesmo mês de 2024.
De qualquer forma, o crescimento acumulado de janeiro a novembro de 2025 seguiu acima do registrado no mesmo período do ano passado, embora por margem bem pequena.
No total, foram emplacadas 2,410 milhões de unidades, alta de 1,4% em relação a janeiro-novembro de 2024. Mas essa alta foi sustentada por modelos importados, já que os emplacamentos de veículos nacionais neste período subiram apenas 0,1%.
“Ainda estamos com uma produção acumulada 4,1% mais alta do que nos primeiros onze meses de 2024, mas esse crescimento está muito abaixo do havíamos projetado para 2025”, afirmou Igor Calvet, presidente da Anfavea.
Segundo ele, este cenário de desaceleração também levou a uma queda relevante na produção do mês de novembro. As 219 mil unidades fabricadas representaram volume 11,6% inferior ao de outubro, embora na comparação com novembro de 2024 a redução tenha sido de 8,2%.
A situação mais preocupante segue sendo a dos caminhões, com queda acumulada de 8,7% no ano.
Até mesmo os veículos importados, que vinham em alta, verificaram retração de 10% no mês. Isso, associado à chegada de novos lotes de fora do país, fez com que os estoques de importados subissem de 130 para 153 dias.
Se o fluxo de importações subiu, o de exportações caiu em novembro. Apenas 35,7 mil veículos nacionais seguiram para outros mercados, o que representou o segundo pior mês do ano. A retração nas vendas para a Argentina, o principal destino dos veículos fabricados no Brasil, explica o resultado.
Apesar disso, devido especialmente aos bons resultados do primeiro semestre, os embarques para o país vizinho ainda registram alta de 37,9% no acumulado deste ano.
