(07/12/2025) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou na última quarta-feira,3, a primeira linha de montagem de veículos elétricos da General Motors no Brasil, no município de Horizonte (CE). O ato marcou também o início das operações do Pace – Polo Automotivo do Ceará.
O Pace exigiu um investimento da ordem de R$ 400 milhões. O responsável pelo projeto é um consórcio nacional, liderado pela Comexport, que assumiu a antiga fábrica da Troller, desativada pela Ford em 2021.
“O empreendimento é um ativo estratégico do povo cearense”, disse durante a cerimônia de inauguração Rodrigo Teixeira, vice-presidente do Pace e diretor da Comexport, segundo quem a unidade passou por uma expansão de 120 mil m² para quase 600 mil m², e multiplicou por dez a capacidade produtiva anterior. A expectativa é a de que o projeto venha a gerar até 9 mil empregos.
O primeiro modelo fabricado no Polo Automotivo do Ceará será o Chevrolet Spark EUV, utilitário elétrico que entra na linha com 35% de conteúdo nacional.
A GM projeta um volume de produção de 8.800 unidades Spark em 2026. O carro deve chegar ao mercado com preço inicial de R$ 159.990.
A primeira fase da produção será realizada na modalidade SKD (Semi Knocked-Down), em que o carro chega parcialmente montado em kits, com o planejamento futuro de que o carro seja fabricado integralmente no país.
O modelo virá equipado com motor elétrico de 101 cv, autonomia de 258 km aferida pelo Inmetro e itens tecnológicos como câmeras 360º e central multimídia com telas de 10,1 e 8,8 polegadas.
Também contará com sofisticados sistemas de segurança, entre eles frenagem automática de emergência e controle de cruzeiro adaptativo.
A GM também produzirá na unidade, a partir de maio de 2026, o Chevrolet Captiva, um SUV 100% elétrico. Serão de 15 a 20 mil unidades do Captiva produzidas, volume quase duas vezes maior que o previsto para o Spark no próximo ano.
Em seu discurso, o presidente Lula lembrou que, quando deixou o cargo, em 2011, o Brasil produzia 3,6 milhões de veículos por ano e mirava 6 milhões até 2015. Ao voltar em 2023, a produção havia despencado para 1,6 milhão. Segundo ele, esta é uma “prova de que o Brasil desaprendeu a fazer indústria, e precisa reaprender”.
