(30/11/2025) – A aquisição de 51% das ações da NTK pelo IMC Group, em 2022, e a posterior criação da Tungaloy-NTK do Brasil trouxeram vários benefícios para a filial brasileira. O principal deles foi a ampliação do portfólio, que passou a contar com um variado leque de ferramentas de cerâmica, PCD e CBN. A incorporação dos novos itens ao catálogo abriu muitas portas para a filial brasileira, em especial no setor siderúrgico.
O resultado nas vendas ficou evidente já no primeiro ano com um crescimento significativo. Ao mesmo tempo, a combinação das ferramentas da linha da Tungaloy com a linha da NTK possibilitou também uma maior penetração no segmento automotivo, mais especificamente na linha de autopeças de reposição (aftermarket).
Esses fatores somados possibilitaram um salto das marcas no mercado brasileiro nos dois primeiros anos da joint venture no País. Assim, a expectativa para 2025 era muito positiva. Porém, a “invasão” dos aços importados da China (que já vinha do ano anterior) freou em parte essa expansão. A entrada massiva dos aços chineses resultou, inclusive, no anúncio do fechamento da unidade da Gerdau que fabricava cilindros de laminação no interior de São Paulo e que era um importante cliente da Tungaloy.
Não bastasse isso, as vendas também foram impactadas com a paralisação das atividades da fábrica de motores da Toyota, no final de setembro, atingida por um forte temporal. A Toyota vinha sendo um dos principais clientes da Tungaloy-NTK do Brasil.
“Apesar desses duros revezes, ainda vamos crescer em torno de 20% em 2025. Não fosse isso, nosso crescimento este ano seria muito mais expressivo”, afirma Diógenes Berel, presidente da Tungaloy-NTK do Brasil.
2026 Desafiador – Para o executivo, o próximo ano também já se apresenta como bastante desafiador. “Será um ano de eleições, Copa do Mundo do Futebol, além da escalada dos preços da matéria-prima (tungstênio), resultado de questões geopolíticas entre China e EUA”, informa.
Um dos trunfos da empresa para encarar esses desafios são os novos desenvolvimentos da área de P&D da matriz, no Japão, que tem desenvolvido soluções que economizam energia, racionalizam o uso de matérias-primas, com a criação de ferramentas miniaturizadas (algumas com redução de até 90% no tamanho) e insertos mais eficientes. “Estamos desenvolvendo ferramentas com cortes mais suaves, que consomem menos potência da máquina, que já estão se transformando numa característica da marca, sem contar as iniciativas para controlar o descarte de ferramentas, promovendo a coleta e a reciclagem”, destaca.
Berel destaca ainda o recente lançamento de uma linha de machos que vem complementar o portfólio da empresa, tornando a Tungaloy-NTK uma empresa de soluções completas para usinagem. “Trata-se de um segmento de grande potencial no Brasil, no qual temos tido bons resultados nos testes em clientes, e onde notamos certa carência de classes e soluções específicas, como por exemplo para ligas de altas temperaturas e materiais exóticos”. Além disso, acrescenta os planos de ampliar a divulgação do portfólio da NTK nos segmentos aeronáutico, médico e de energia.
