
(09/11/2025) – O grupo ítalo-argentino Ternium anunciou que sua subsidiária Ternium Investments celebrou um contrato de compra de ações para adquirir, da Nippon Steel Corporation e da Mitsubishi Corporation, suas participações remanescentes no grupo de controle da Usiminas. Esta operação interrompe parceria de mais de 60 anos da Nippon Steel com a Usiminas.
A operação será realizada pelo preço por ação ordinária previamente acordado pelas partes para as operações de opções contempladas no novo acordo de acionistas da Usiminas, assinado em 3 de julho de 2023.
Nesta operação, a Ternium pagará US$ 2,06 por ação ordinária, o que resultará em um preço de aquisição total de aproximadamente US$ 315,2 milhões em dinheiro por 153,1 milhões de ações ordinárias, aumentando sua participação no grupo de controle da Usiminas de 51,5% para 83,1%.
A operação está sujeita à aprovação das autoridades antitruste do Brasil e será financiada com recursos próprios.
O grupo de controle da Usiminas detém a maioria dos direitos de voto da companhia. Após o fechamento da operação, a Ternium Investments e sua subsidiária Ternium Argentina, juntamente com a Confab, subsidiária da sua afiliada Tenaris (todas integrantes do grupo T/T no acordo de acionistas da Usiminas), passarão a deter uma participação total de 92,9% no grupo de controle da Usiminas.
A Previdência Usiminas (fundo de pensão dos empregados da Usiminas) continuará a deter os 7,1% restantes.
Segundo a Ternium, este investimento adicional reforça ainda mais o compromisso da empresa com a Usiminas e com o mercado siderúrgico brasileiro.
Parceria de 60 anos – A Nippon Steel estabeleceu uma aliança de capital e tecnológica com a Usiminas desde a fundação da empresa brasileira. A Usiminas foi criada em 1958 e iniciou sua produção em 1962, com tecnologia fornecida pelos japoneses.
Em 2010, a Nippon Steel detinha cerca de 29,3% do capital total (e do capital votante / ações ordinárias) da Usiminas. Essa participação resultou de uma série de aquisições anteriores.
Em janeiro de 2009, por exemplo, a Nippon Steel aumentou sua participação comprando uma fatia adicional de cerca de 5,9% que pertencia à Vale, o que elevou seu total de 23,3% para aproximadamente 29,2% ou 29,3% do capital votante.
Essa fatia fazia parte do bloco de controle da Usiminas, que também incluía os grupos Camargo Corrêa e Votorantim na época. A Nippon Steel operava na Usiminas por meio de um consórcio de investidores japoneses, e era a maior acionista individual da siderúrgica brasileira naquele período.