(02/11/2025) – De modo a possibilitar a recuperação das indústrias automotivas gaúchas atingidas pelas enchentes, o Hands-on Recupera RS, integrante do Programa Mover, investiu R$ 6,01 milhões em ações voltadas à restauração da capacidade produtiva e operacional de mais de cem empresas do setor, distribuídas em quatro grandes regiões do estado.
O programa foi realizado com apoio da Fiergs – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com forte suporte do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
O sucesso do programa pode ser comprovado pelo fato de as empresas beneficiadas terem registrado aumento médio de 45% na produtividade e tido economia anual de R$ 3,6 milhões no custo energético.
Para o diretor-geral do Senai, Gustavo Leal, o Recupera RS garantiu apoio concreto à indústria do Rio Grande do Sul.
“Foi um momento de operação extremamente delicada. Houve uma convergência de atores importantes, liderada pela equipe do Senai gaúcho, que nos permitiu executar este programa no momento certo”, afirma Leal.
O projeto foi estruturado em dois eixos principais: o primeiro, com foco na aplicação de conceitos de Lean Manufacturing, voltados à eficiência e produtividade fabril; e o segundo, direcionado à eficiência energética e à gestão de riscos. Foram desenhadas soluções que permitiram às empresas se readequarem após um momento de perda total em suas cadeias.
Um dos exemplos é a da porto-alegrense Navvi. Há 30 anos no mercado, a empresa é especializada na produção de selos mecânicos. A enchente quase causou o fechamento da empresa.
“Nos dedicamos de corpo e alma a essa retomada”, conta a CEO da Navvi, Natália Nazario. “A proposta inicial era alcançar 20% de aumento na nossa produtividade, mas, com a ajuda do Senai, conseguimos resultados muito superiores: quase 400% nos processos de usinagem e mais de 600% no fresamento”, ela destaca.
Também para o gerente industrial da Fueltech, Deivisson Teixeira, os resultados ultrapassaram as expectativas: “Obtivemos um ganho potencial na área produtiva de mais de 30% em nossa capacidade atual”, conta.
