São Paulo, 05 de dezembro de 2025

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25/10/2025

Crédito para a indústria de transformação recua 40%

(26/10/2025) – O volume de crédito destinado à indústria de transformação brasileira caiu 40% entre 2012 e 2024. É o que revela a Nota Econômica nº 38, divulgada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria na última quinta-feira, 23, com base em dados do Banco Central.

Os volumes de crédito para as indústrias extrativa e da construção também encolheram: 38% e 29%, respectivamente. Por outro lado, aumentou consideravelmente o crédito para consumidores (97%) e demais setores da economia.

Com isso, a participação da indústria no total do crédito da economia brasileira recuou quase pela metade, passando de 27,2% para 13,7% no período.

“O crédito para a indústria tem um efeito multiplicador sobre os demais setores produtivos e é fundamental para o crescimento consistente do país”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban. “Os números mostram que o sistema financeiro tem priorizado o consumo em detrimento da produção, comprometendo investimento, inovação e competitividade”.

Segundo ele, não bastasse isso, as taxas de juros elevadas e a escassez de crédito de longo prazo limitam a modernização do chão de fábrica e ampliam a dependência de importações.

A queda de oferta do crédito à indústria não se deve a uma redução da oferta total de crédito pelos bancos. O estudo aponta que o volume de operações bancárias manteve participação estável nos ativos das instituições financeiras.

O que mudou foi a destinação: nos últimos 12 anos a fatia voltada para pessoas físicas subiu de 45% para 63% do crédito total, enquanto a das empresas caiu de 55% para 37%. Essa mudança favoreceu o consumo das famílias, mas deixou a produção em desvantagem.

A redução é ainda mais acentuada quando se analisam os créditos de médio e longo prazos, fundamentais para investimentos em máquinas, equipamentos e inovação. Entre 2012 e 2024, o crédito de curto prazo para a indústria caiu 33%, o de médio prazo encolheu 55% e o de longo prazo sofreu a maior queda: 64%.

O movimento indica que a estrutura de financiamento está cada vez mais concentrada no curto prazo. Em 2012, ele representava 73% do total destinado à indústria de transformação; em 2024, passou a 82%.

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