(24/08/2025) – A indústria de veículos de duas rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM), no estado do Amazonas, registrou no primeiro semestre deste ano um faturamento recorde de R$ 23,3 bilhões, crescimento de 30,2% na comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do Painel da Economia Amazonense (PEA).
Com capacidade produtiva anual de 1,8 milhão de motocicletas e 500 mil bicicletas, o PIM manteve a posição de o maior polo de produção de duas rodas fora do eixo asiático, abastecendo uma rede nacional com mais de 7,8 mil pontos de venda e concessionárias.
O forte desempenho também se traduziu em geração de empregos. Até julho, o setor empregava 20,3 mil trabalhadores diretos em Manaus, aumento de 8,56% sobre os 18,7 mil de 2024. Em todo o Brasil, a cadeia produtiva sustenta cerca de 150 mil empregos diretos.
A produção de bicicletas elétricas desponta como um dos destaques de 2025. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) a fabricação registrou alta de 122% no ano, com 18,2 milhões de unidades até julho, frente a 9,2 milhões no mesmo período de 2024.
“O polo de duas rodas de Manaus é um exemplo claro de como o Brasil pode competir de igual para igual com os maiores centros industriais do mundo”, afirma Lúcio Flávio de Moraes, presidente executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam).
De acordo com Moraes, as motocicletas brasileiras, fabricadas majoritariamente em Manaus, incorporam hoje tecnologias de ponta comparáveis às dos principais mercados internacionais, com garantia média de dois a quatro anos e ampla rede de reposição, assegurando rapidez e eficiência no atendimento ao consumidor. 65% da produção nacional já utiliza motorização flexfuel.
“A indústria brasileira de duas rodas é reconhecida por seus centros de produção certificados pela ISO 9001 e alinhados aos mais exigentes padrões internacionais. O setor também abriga os principais fabricantes mundiais, o que fortalece ainda mais a posição do Brasil”, acrescenta o dirigente empresarial.
