
(17/08/2025) – A GWM Brasil inaugurou oficialmente sua fábrica em Iracemápolis (SP), a primeira unidade produtiva da marca nas Américas e no Hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção – as outras estão localizadas na Rússia e na Tailândia.
O evento de inauguração, no dia 15 de agosto, contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin, entre outras autoridades. Mu Feng, CEO da GWM global, e Parker Shi, presidente da GWM International, vindos da China especialmente para a cerimônia, além de Andy Zhang, presidente da GWM Brasil & México.
A unidade entra em operação com três modelos confirmados: o SUV híbrido Haval H6 (disponível nas quatro versões que já são vendidas hoje), a picape média Poer P30 e o SUV de 7 lugares Haval H9 (ambos com uma versão cada e equipados com motorização turbodiesel).
Durante a solenidade, o presidente Lula finalizou a produção do primeiro veículo fabricado pela GWM no Brasil, um Haval H6 GT branco, com a colocação do adesivo de “Fabricado no Brasil”.

“Brasil é estratégico” – Com área total de 1,2 milhão de m² e área construída de 94 mil m², a unidade da GWM no Brasil possui hoje capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. A estrutura conta com área de soldagem, linha de pintura robotizada, linha de montagem, sistemas de fornecimento de energia e equipamentos, além de uma cadeia de suprimentos e logística integrada.
“O Brasil é estratégico para a GWM. Com esta fábrica, não estamos apenas produzindo carros, mas também gerando empregos de qualidade no País e desenvolvendo tecnologia e inovação para todo o continente”, afirmou Mu Feng, CEO da GWM global.
A unidade de Iracemápolis conta atualmente com 600 trabalhadores e deve gerar até o final do ano cerca de 1.000 empregos diretos, alcançando no futuro mais de 2.000 vagas, quando iniciar o processo de exportação de veículos para a América Latina.
Centro de P&D – Durante a cerimônia de inauguração, a montadora anunciou também a criação do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento da GWM na América do Sul. O centro contará com mais de 60 técnicos e engenheiros atuando no desenvolvimento e nos testes de produtos locais, com foco em tecnologia flex e na adaptação de veículos globais às condições de rodagem brasileiras e às preferências do consumidor. O time continuará crescendo nos próximos anos, em paralelo ao avanço da construção dos novos prédios do complexo. O novo centro será construído no terreno ao lado da fábrica de Iracemápolis e terá 15.000 m² de área total, sendo 4.000 m² de área construída.

“O novo centro contará com uma estrutura técnica de ponta, com laboratórios de última geração para desenvolvimento de sistemas híbridos e elétricos, combustíveis de nova geração e inteligência artificial, com o objetivo de oferecer veículos cada vez mais sustentáveis e tecnologicamente avançados, desenvolvidos com foco na eficiência energética, descarbonização e sobretudo para atender às demandas dos usuários brasileiros”, explicou Parker Shi.
Além da infraestrutura física, a GWM está estabelecendo parcerias tecnológicas com institutos de pesquisa e cooperando com universidades brasileiras para o desenvolvimento de novas tecnologias e formação de profissionais de nível técnico até doutores.
Fornecedores e conteúdo local – O investimento total da GWM no Brasil chegará a R$ 10 bilhões em dez anos. Esse montante é composto por uma primeira fase de investimento, de R$ 4 bilhões, que vai até 2026 , que inclui o lançamento da marca no País e a reativação e ampliação da fábrica de Iracemápolis. Na segunda fase, a empresa investirá mais R$ 6 bilhões – entre 2027 e 2032 -, impulsionando ainda mais a criação de empregos, a nacionalização de peças e o desenvolvimento de novos produtos.

A operação brasileira seguirá o sistema peça por peça (part by part), um processo mais complexo que o SKD e o CKD tradicional, que conta com conteúdo nacional já no primeiro ano, incluindo pintura para 100% dos veículos produzidos no País e incorporação de componentes de fornecedores nacionais.
Atualmente, a GWM Brasil tem mais de 110 empresas cadastradas interessadas em fornecer componentes, das quais 18 já são fornecedores que estão participando da produção e desenvolvimento dos primeiros veículos, caso de empresas como Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear.
A GWM Brasil já está inscrita no programa MOVER, política federal de estímulo ao setor automotivo, que promove incentivos fiscais para montadoras que investem em produção nacional e Pesquisa & Desenvolvimento.
“Queremos que o Brasil seja nossa base para crescer na América Latina, com produtos pensados para o consumidor local e com o melhor da tecnologia global”, reforça Mu Feng.