(20/07/2025) – A indústria de implementos rodoviários manteve no primeiro semestre deste ano curva positiva nas vendas da linha leve, que acabou por compensar em parte a queda de 4,2% no total de emplacamentos na comparação com o mesmo período do ano passado.
O total de vendas de janeiro a junho foi de 72.183 produtos, diante das 75.351 unidades comercializadas no primeiro semestre de 2024. A queda foi maior do que no mercado de caminhões, essencial na cadeia produtiva do setor, que recuou -3,62% no primeiro semestre.
“Recuo nunca é uma boa notícia, mas a manutenção da curva positiva nos equipamentos leves nos deixou mais animados”, diz José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). “Enfrentamos um momento em que é necessário nos mantermos resilientes e focados em nossas melhores competências, porque são nelas que nos apoiaremos para superar os obstáculos atuais”, emenda o executivo.
O segmento pesado apresentou queda de 19,78%, registrando 35.831 unidades emplacadas no primeiro semestre do ano, ante 44.664 produtos de janeiro a junho de 2024.
As principais curvas positivas estão nas linhas Baú lonado (+31,54%), Baú carga geral (+31,14%), Porta contêiner (+18,36%) e Carrega tudo (+12,42%).
Por sua vez, o segmento leve superou de longe o volume de produtos do setor pesado. No primeiro semestre de 2025 foram vendidos 36.352 produtos. Em face do resultado apurado de janeiro a junho de 2024, quando foram entregues 30.687 unidades ao mercado, o segmento registrou crescimento de 18,46%. Todas as linhas apresentam curva positiva de crescimento.
Para o segundo semestre deste ano, as projeções anteriores da Anfir estão mantidas, com o segmento de implementos leves devendo alcançar um volume de vendas em torno de 80 mil unidades, consolidando o seu sólido desempenho.
Já o segmento pesado deve ultrapassar as 70 mil unidades. Segundo Spricigo, será um resultado importante por mostrar a firmeza do setor rodoviário mesmo em um cenário conturbado como o atual, com custos elevados aos operadores logísticos e de alavancagem (financiamentos) que não favorecem os investimentos.