(03/07/2025) – O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento no valor de R$ 566 milhões para a siderúrgica Gerdau construir um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto (MG) e implementar um centro de reciclagem para beneficiamento de sucata em Pindamonhangaba (SP).
Com recursos do Fundo Clima, os empreendimentos devem reduzir as emissões de mais de 100 mil t de gases do efeito estufa equivalentes por ano, e gerar 4.500 empregos diretos e indiretos.
Com o financiamento aprovado (parte do Novo Fundo Clima e parte do Finem), a empresa construirá um mineroduto com 13 km de comprimento entre a mina de Miguel Burnier, em Ouro Preto, e a sua unidade de produção de aço localizada em Ouro Branco (MG), além de um rejeitoduto com 10 km de comprimento.
O projeto de mineração da Gerdau contemplará recirculação de água e, também, deverá reduzir a circulação de caminhões na região, diminuindo as emissões de gases do efeito estufa.
Além disso, a Gerdau implementará um centro de reciclagem para beneficiamento de sucata na unidade de produção de aços especiais da empresa, localizada em Pindamonhangaba (SP).
No centro, será possível beneficiar todo o material recebido como sucata e separar os ferrosos, os não ferrosos e as impurezas como terra, borracha e plástico. O empreendimento contribuirá com a redução de emissões de gases de efeito estufa em função do aumento da utilização de sucata metálica no processo de fabricação de aço.
Estima-se que um mineroduto pode substituir 1,5 mil caminhões por dia no transporte de 60 mil t de minério. De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto está relacionado à prioridade do governo do presidente Lula no âmbito da nova política industrial, que tem como missão a descarbonização, tornando a indústria nacional mais verde e levando o país a liderar essa agenda.
“Este primeiro acesso ao Fundo Clima é um marco importante para a trajetória de 124 anos da Gerdau”, comemora Rafael Japur, CFO da Gerdau. “Com estes investimentos, vamos ampliar a eficiência energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas nossas operações, bem como evoluir na competitividade do negócio”.