(08/06/2025) – Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2025 mostram que, em relação ao quarto trimestre de 2024, o PIB registrou expansão de 1,4%.
O destaque ficou com os setores de Agropecuária (12,2%) e de Serviços (0,3%) que contribuíram para o crescimento. Houve no período, entretanto, leve variação negativa na Indústria (-0,1%).
No trimestre, o PIB em valores correntes foi de R$ 3 trilhões. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 17,8% do PIB, acima dos 16,7% do primeiro trimestre de 2024. Já a taxa de poupança foi de 16,3%, superando os 15,5% do mesmo trimestre de 2024.
O forte desempenho do setor de Agropecuária, com peso de 9% no primeiro trimestre do ano, foi favorecido pelo aumento da produção e pela melhora da produtividade de culturas, com safras relevantes de soja, milho, arroz e fumo. O setor foi, no período, responsável por 24% do crescimento do país.
Já no setor de Serviços, com peso aproximado de 70% na economia, houve crescimento em algumas atividades, mas o destaque ficou para os Serviços de Informação e Comunicação (3,0%), devido especialmente à expansão da internet e desenvolvimento de sistemas.
O setor Industrial teve resultado mais fraco em razão, principalmente, do desempenho da Indústria de Transformação e da Construção, que tiveram quedas no primeiro trimestre de 1,0% e 0,8%, respectivamente. Mas Eletricidade e Indústria Extrativa evitaram uma queda maior, com crescimentos de 1,5% e 2,1%.
Pela ótica da demanda, o IBGE destacou a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade, para todos os efeitos práticos.
Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9%, ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
O resultado do primeiro trimestre sinaliza uma economia que segue forte, mas com dinâmicas setoriais desiguais. É esperado que haja mudanças nas expectativas, com parte do mercado aumentando a sua projeção para o crescimento do PIB de 2025.