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São Paulo, 07 de junho de 2025

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21/05/2025

Com juros altos, setor de bens de capital perde dinamismo

(22/05/2025) – O primeiro trimestre de 2025 terminou com a indústria voltando a crescer, após cinco meses consecutivos de resultados adversos. A alta foi de +1,2% na passagem de fevereiro para março.

Foi o melhor desempenho desde julho do ano passado (+4,3%) e levou o nível de produção de volta ao patamar de setembro de 2024, de acordo com levantamento do Iedi – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.

Além da base de comparação fraca, o setor petrolífero também contribuiu para este avanço do total da indústria, com o pré-sal registrando recorde mensal em março de 2025, o que impulsionou o resultado dos ramos extrativo (+2,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+3,4%).

Mas em março deste ano o sinal positivo foi muito além disso e marcou o desempenho de 64% dos ramos industriais e 3 dos 4 macrossetores, com destaque para bens de consumo duráveis (+3,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (+2,4%).

Bens intermediários ficaram perto da estabilidade (+0,35) e bens de capital, prejudicados pela alta dos juros, foram o único macrossetor no vermelho (-0,9%).

Tomado o trimestre como um todo, em comparação com o ano passado, o resultado favorável de março não conseguiu evitar um aprofundamento da desaceleração que já se ensaiava no final de 2024.

As variações interanuais mostram que este movimento foi mais intenso em bens de capital e intermediários.

Para a indústria como um todo, o ritmo de crescimento acima de 3% registrado na maioria dos trimestres de 2024 recuou para +1,9% entre janeiro e março de 2025.

É praticamente o mesmo resultado da entrada do ano passado, mas naquele momento a produção começava a ganhar velocidade.

Os bens de capital, após um longo período no negativo, entre meados de 2022 e início de 2024, vinha ampliando produção a taxas de dois dígitos, chegando a +14,2% no quarto trimestre de 2024.

Este ritmo caiu para +5,2% entre janeiro e março de 2025, com a desaceleração de bens de capital para transporte, indústria, energia e, principalmente, de bens de capital de uso misto, que ficaram virtualmente estagnados.

É uma consequência do peso da elevação das taxas de juros no país e também das incertezas do período, em especial, devido aos efeitos das mudanças no comércio mundial promovidas pelos EUA.

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