(11/05/2025) – O mês de abril fechou com patamares elevados de produção e exportação, mas com os emplacamentos dando sinais de estabilização. A produção de janeiro a abril foi a maior desde 2019, com alta de 6,7% sobre o mesmo período de 2024.
O volume de abril também foi o melhor em seis anos, com 228,2 mil unidades produzidas, elevação de 20,1% sobre março. Já na comparação com abril de 2024, a elevação foi de 2,8%, segundo balanço divulgado pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
As vendas internas no último mês atingiram a marca de 208,7 mil veículos, alta de 6,7% sobre o mês anterior, mas com baixa de 7,1% sobre abril do ano passado, o que pode ser explicado pelos dois dias úteis a menos. O acumulado do ano é de 760,4 mil unidades, volume 3,4% superior ao dos quatro primeiros meses de 2024.
Porém, dentro de todo esse volume, as vendas de importados subiram 18,7%, bem acima dos 0,2% de crescimento dos modelos nacionais. Modelos chineses representaram 6% dos emplacamentos no quadrimestre. Há sinais de alerta vindos também do segmento de caminhões, cujos emplacamentos acumulados estão abaixo de 2024 pela primeira vez neste ano.
EXPORTAÇÕES – O indicador mais animador para o setor foi o das exportações. As 46,3 mil unidades embarcadas representaram crescimento de 18,9% em relação a março. No acumulado do ano, o volume de 161,9 mil unidades é 47,8% superior ao do primeiro quadrimestre de 2024.
A Argentina, em forte recuperação, puxou esse bom resultado, com 59% de todos os veículos exportados pelo Brasil neste ano, bem acima dos 34,8% do mesmo período de 2024.
“Há bons motivos para celebrar , como a consistente recuperação das exportações, além da alta do nível de emprego e dos novos investimentos anunciados”, afirmou o presidente Igor Calvet.
Calvet criticou, no entanto, o fluxo de importações, “muito acima de um nível saudável”, o que já estaria se refletindo na queda de vendas de produtos nacionais, sobretudo no varejo.
“Marcas estrangeiras continuam destinando navios abarrotados para nossos portos, adiando seus planos de produção local e ainda solicitando inaceitáveis reduções de tarifas para importação de veículos desmontados”, pontuou Calvet.