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São Paulo, 28 de maio de 2025

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10/05/2025

Produtividade da indústria cai pelo quinto ano consecutivo

(11/05/2025) – Dados da pesquisa “Produtividade da Indústria”, da CNI – Confederação Nacional da Indústria, mostram que a produtividade do trabalho da indústria de transformação caiu 0,8% em 2024.

Este é o quinto ano em que o indicador registra queda, resultado de um aumento maior nas horas trabalhadas (4,5%) do que no volume produzido (3,7%).

Na prática, isso quer dizer que o setor perdeu eficiência: as horas trabalhadas cresceram mais que a produção. O estudo revela ainda um recuo de 9% no acumulado em relação a 2019.

De acordo com o economista da CNI, Vinicius Nonato, a demanda por bens manufaturados cresceu em 2024, o que contribuiu para um aumento das horas trabalhadas, com a contratação de novos trabalhadores para a produção.

“Ao contratar novos trabalhadores, demanda-se tempo de treinamento até que se tornem mais produtivos”, destaca Nonato. “Por isso, no curto prazo, a produção cresce menos que as horas trabalhadas. Esse efeito contribuiu para o quadro de 2024”.

Segundo dados da pesquisa, no entanto, o descompasso entre as horas trabalhadas e a produção reduziu-se ao longo de 2024, já que o indicador não registrou queda nos dois últimos trimestres do ano.

A medida de produtividade por trabalhador (volume produzido dividido pelo número de trabalhadores), chegou inclusive a fechar o ano com resultado positivo: alta de 1,4%.

Trata-se de um resultado diferente do observado em 2022 e 2023, anos que também registraram perdas. Em 2022, houve queda na produção (-0,4%), acompanhada de crescimento das horas trabalhadas (2,5%). Já em 2023, houve queda mais acentuada na produção (-1,1%) do que nas horas trabalhadas (-0,8%).

Para Nonato, outro fator que reflete o cenário de 2024 são os investimentos em modernização produtiva, estimulados pelo plano Nova Indústria Brasil (NIB), que também impulsionaram contratações. Mas, para 2025, o cenário pode estar ameaçado pelo aumento dos juros, reduzindo novamente o ritmo do investimento.

“Mesmo com os estímulos da Nova Indústria Brasil, a permanência dos juros altos encarece a oferta de crédito”, diz Nonato. “Isso deve se refletir na produtividade, ao passo que a produção e as horas trabalhadas devem crescer menos em 2025”.

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