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São Paulo, 31 de maio de 2025

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03/05/2025

Indústria de máquinas e equipamentos fecha 1º trimestre em alta

(04/05/2025) – A indústria brasileira de máquinas e equipamentos fechou o primeiro trimestre de 2025 com alta de 15,2% sobre o mesmo período do ano passado. Porém, na avaliação da Abimaq, “parte desse crescimento pode ser atribuída à base de comparação deprimida, dado que o setor vinha de três anos consecutivos de queda nas receitas”.

Aliás, a receita de março foi inferior à registrada em fevereiro em 4,9%. Na comparação com março de 2024, porém, o resultado é um crescimento de 13,1%.

Mercado Interno – O mercado interno apresentou recuperação no trimestre, com alta de 18% em relação a 2024, mas queda de 9,8% na comparação entre março e fevereiro de 2025, o que, na opinião da entidade, reflete uma retomada ainda frágil de investimentos em alguns setores econômicos. “Embora alguns segmentos, como logística, construção civil e agricultura, tenham contribuído, o cenário geral ainda inspira cautela. A recuperação observada no ano parece mais uma correção após anos de retração do que um sinal claro de tendência sustentável”, avalia a Abimaq.

Mercado Externo – Já no mercado externo, o desempenho foi negativo. As exportações caíram 5,8% no primeiro trimestre, pressionadas pela forte retração das vendas para os principais mercados da América do Norte – com quedas expressivas para os Estados Unidos (-30,2%), México (-30%) e Canadá (-27,2%). Outros mercados importantes, como Singapura, também reduziram significativamente suas compras (-30,5%), indicando um ambiente externo mais desafiador, segundo a entidade.

Consumo Aparente – O consumo aparente nacional atingiu R$ 34 bilhões em março de 2025, 16,8% superior a março de 2024, mas 8,4% abaixo do resultado de fevereiro de 2025. No acumulado do trimestre, o crescimento foi de 23,5%. Contudo, o crescimento do consumo no 1Tri25 foi impulsionado, em grande medida, pela expansão das importações, que avançaram 30% em reais.

“Hoje, quase metade (48,3%) do consumo de máquinas no Brasil é abastecido por produtos importados, um reflexo da perda de competitividade da indústria nacional. Embora a produção interna tenha crescido 18%, a queda no market share da produção brasileira aponta para uma indústria que ainda luta para recuperar seu espaço frente aos produtos estrangeiros”, informa a Abimaq.

Expectativas para 2025 – Segunda a entidade, espera-se “alguma” recuperação nas receitas de vendas em abril de 2025, tanto em comparação a março quanto a abril de 2024, mas a tendência é de crescimento mais moderado. “A retração de 5,1% na carteira de pedidos em março ante fevereiro e de 6,1% em relação a março de 2024 já sinaliza perda de fôlego”, destaca.

Apesar da ligeira melhora no índice de confiança da indústria, divulgado pela FGV, o cenário é de incerteza no curto prazo. No médio prazo, a expectativa é de desaceleração mais acentuada, impulsionada pela combinação da política monetária mais restritiva e pela esperada desaceleração da atividade econômica no país.

Adicionalmente, o protecionismo crescente nos Estados Unidos e o aumento das incertezas globais devem impactar negativamente a tomada de decisão dos investidores. “Nesse contexto, projeta-se que a expansão observada no primeiro trimestre (15%) perca força ao longo do ano, com o crescimento da receita líquida do setor convergindo para modestos 3,7% em 2025”, prevê o departamento de Economia e Estatística da Abimaq.

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