(09/03/2025) – Pela primeira vez, em quase duas décadas, as importações de máquinas e equipamentos da Alemanha superaram o total desses produtos com origem nos Estados Unidos. Enquanto a participação da Alemanha subiu para 14,1% do total de máquinas e equipamentos importados pelo Brasil, a dos EUA caiu para 13,3%.
Como base de comparação, em 2007 as máquinas e equipamentos vindas dos EUA representavam 22,4% do total importado pelo Brasil, enquanto as originárias da Alemanha respondiam por 19%. As importações dos Estados Unidos veem em queda desde 2020 (exceção de 2023). Já os volumes adquiridos da Alemanha têm-se mantido certo equilíbrio desde 2012.
Mas é curioso notar que a soma das importações de máquinas e equipamentos de Alemanha e Estados Unidos são inferiores ao volume importado da China, que já responde por 35,7% das importações de máquinas e equipamentos do Brasil. Ou seja, mais de 1/3 do total.
Em valores, a soma das importações dos Estados Unidos com as da Alemanha, segunda e a terceira principais origens de máquinas para o Brasil, foi de US$ 752 milhões em janeiro, resultado inferior ao chinês, que foi US$ 979 milhões no mesmo período. No total do mês as importações somaram US$ 2,7 bilhões, segundo dados da Abimaq.
Aliás, o total das importações da China ainda não seria superado mesmo com a inclusão de outros dois dos principais exportadores de máquinas e equipamentos para o Brasil: Itália, com 6,5% (4º maior exportador) e Coreia do Sul, 1,3% (6º maior exportador). Somados os volumes desses países o total representaria 35,6% do total em janeiro de 2025. Ficando de fora apenas o Japão, com 3,3%, quinto maior exportador.
Vale lembrar aqui que em 2007 as importações de máquinas e equipamentos da China respondiam por 6,9% das compras brasileiras. Em 2012, a China ultrapassou a Alemanha e, em 2021, os Estados Unidos.
