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São Paulo, 28 de maio de 2025

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12/02/2025

Análise de óleos e fluidos contribui para avaliar MTBF e MTTR

(*) Haroldo Mol

(12/02/2025) – Quem trabalha em tarefas de manutenção certamente está habituado às expressões “disponibilidade e confiabilidade” de um equipamento. Inclusive, a taxa de disponibilidade é um indicador importante para o sucesso do plano de manutenção.

Confiabilidade é a probabilidade de um equipamento ou máquina desempenhar sua função conforme o projeto e condições de operação, durante um determinado período. Um equipamento confiável estará com plena disponibilidade para desempenhar com êxito a tarefa e alcançar a máxima performance, com produtividade, efetividade e otimização de recursos.

Os indicadores MTBF e MTTR, por exemplo, são levantados com os dados do próprio equipamento, estão ligados diretamente à lubrificação e à disponibilidade que, inclusive, permitem calcular a confiabilidade do equipamento. MTBF (Mean Time Between Failures) é tempo médio entre as falhas, enquanto o MTTR (Mean Time To Repair) traz o tempo médio de reparo.

A indústria que não tem máquinas ou equipamentos confiáveis, certamente terá um enorme impacto negativo com efeito cascata, afetando também a performance dos colaboradores, perda da eficiência produtiva, revisão de planos de trabalho em níveis táticos e operacionais, paradas inesperadas e elevação dos custos de produção.

Monitorar a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos traz inúmeras vantagens:

  • Evita grandes danos aos equipamentos e reduz o downtime.
  • Permite melhor gestão de ativos durante toda a sua vida útil.
  • Diminui os custos, especialmente com a manutenção de emergência.
  • Fornece a base para desenvolver índices de performance reais

Como Óleos e Fluidos podem contribuir? – A análise do óleo, lubrificantes e fluidos de máquinas é de fundamental importância para garantir a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos.

A gestão dos óleos e fluidos pode detectar desgaste, superaquecimento e presença de contaminantes altamente indesejáveis aos sistemas hidráulicos ou de lubrificação. Exemplificando: níveis elevados de ferro podem sugerir desgaste devido a presença de elementos contaminantes.

Numa boa metáfora, comparando a máquina ao corpo humano, teríamos nos óleos e fluidos como o sangue correndo nas veias, levando energia, recolhendo resíduos e eliminando impurezas, proporcionando um funcionamento adequado de todos os componentes.

É aqui a que equipe da ALL Lubrificantes, composta de profissionais com vasta experiência, pode dar a sua contribuição aos usuários de máquinas e equipamentos. A ALL Lubrificantes está focada em acompanhar todo o processo produtivo do cliente, dando total suporte e apoio às equipes de produção e manutenção para realizar os cálculos de disponibilidade e confiabilidade, além de oferecer toda a vivência na solução de falhas e problemas de operação.

MTBF e MTTR: índices de Confiabilidade e Disponibilidade – Você conhece o MTBF e MTTR de seus equipamentos? Esses indicadores de manutenção permitem calcular a confiabilidade e disponibilidade do maquinário, sendo possível identificar pontos de atenção, tomar decisões mais assertivas e até evitar paradas não programadas.

MTBF significa Mean Time Between Failures, ou tempo médio entre as falhas, que leva em consideração três intervalos: a primeira falha, o retorno à operação após a manutenção e uma nova falha. Ou seja, tem a ver com a Disponibilidade do Equipamento e, portanto, é importante que o índice que o representa esteja em constante crescimento.

Já o MTTR (Mean Time To Repair – tempo médio de reparo) é o tempo entre a falha e o momento em que o sistema volta a operar após a manutenção, indicando a Eficiência da Equipe de Manutenção para efetuar um reparo de máquina. Ao contrário do MTBF, este indicador deve estar sempre em diminuição para validar a excelência dos profissionais.

Uma outra informação de manutenção muito importante é o MTTF (Mean Time to Failure), que indica o tempo médio sem falhas, isto é, levanta a estimativa de tempo entre o retorno da operação após a manutenção e uma nova falha. Aqui, considera-se apenas o tempo de funcionamento do equipamento antes de precisar de substituição (importante para considerar a vida útil dos ativos até a necessidade da troca).

Esses indicadores essenciais consideram os dados do próprio maquinário para analisar, avaliar e entender a previsibilidade de possíveis falhas, determinando os Índices de Confiabilidade e Disponibilidade do equipamento, assim como a própria eficiência da equipe de manutenção e dos insumos utilizados no processo produtivo.

Como Calcular o MTBF – Leva-se em consideração três variáveis: Tempo Real de Disponibilidade (TD): período em que o ativo irá operar, sem precisar de nenhuma interrupção para reparo;  Tempo Total de Manutenção (TM): período em que o ativo ficou inerte em virtude de manutenção e falhas;  P (Parada): quantidade de vezes que a máquina ficou ociosa devido ao reparo.

Para obter o índice MTBF, basta subtrair o tempo de disponibilidade pelo tempo de manutenção e dividir esse número pela quantidade de paradas: MTBF = (TD – TM) / P Exemplificando: a máquina tem disponibilidade para operar integralmente por 24 horas. Porém, no decorrer do dia acontecem 3 interrupções: 15 minutos (0,25 horas), 45 minutos (0,75 horas) e 01 hora, totalizando 2,0 horas. MTBF = (24 – 2) / 3 = 7,3333 horas ou 440 minutos.

Esses números permitem analisar e desenvolver ações para solução problemas relacionados ao equipamento, identificando as causas de paradas, diminuindo ou eliminado os gargalos produtivos e aumentando a produtividade. Conforme mencionado, quando o MTBF aumenta é sinal de que a manutenção preventiva está obtendo êxito.

Como calcular MTTR – O levantamento de período de tempo que um equipamento fica parado durante o reparo é primordial para alcançar os melhores resultados no processo produtivo. Além das informações de produção em si, traz os dados sobre a eficiência e habilidade da equipe de manutenção para resolver problemas.

Vale frisar que nem sempre o MTTR e o MTBF têm relação entre si, uma vez que o cálculo do MTTR considera apenas duas variáveis: TM (tempo total de manutenção) e P (quantidade de paradas).

Para obter o MTTR basta dividir o tempo total de reparo pela quantidade de paradas: MTTR = TM / P Considerando os números do exemplo acima, teremos como resultado: MTTR = 2 / 3 = 0,6666 horas ou 40 minutos.

Ou seja, em relação a esse ativo, o período que a força de trabalho necessita para fazer com que o equipamento funcione corretamente é de 40 minutos. Por isso vale frisar que quanto menor for o resultado do MTTR, melhor a performance da equipe de manutenção.

Calculando o Tempo de Disponibilidade – Outro indicador importante trata da Disponibilidade Inerente, que permite programar a manutenção preventiva para os períodos de ociosidade do maquinário (parada programada), evitando desligamento do ativo para reparo durante a operação. O cálculo é feito da com a seguinte fórmula: [MTBF / (MTBF + MTTR)] x 100. Ainda seguindo os dados do exemplo, teremos como cálculo da disponibilidade: [440 / (440+40)] x 100 = 91,66%. Quanto mais próximo de 100%, melhor será a disponibilidade dos equipamentos.

O que é confiabilidade e como calcular? – Quanto à confiabilidade, trata-se de indicador regulamentado pela norma NBR-5462 da ABNT, que determina a probabilidade de um equipamento cumprir a função requerida sob condições específicas, durante determinado intervalo de tempo. Isto significa que quanto maior for o intervalo entre as falhas (MTBF mais alto), melhor será a confiabilidade da máquina.

Benefícios do MTBF e MTTR – Todos os indicadores citados, principalmente MTBF e MTTR, auxiliam a equipe de manutenção na melhor compreensão da operação, identificando fatores críticos de sucesso e oportunidades para alcançar melhoria na performance operacional, auxiliando na prevenção de possíveis falhas, programando as ações corretivas, evitando ociosidade de equipamentos e pessoal, entre diversos outros agregados.

Outros Indicadores de Manutenção – Além do MTBF e MTTR, outras informações a considerar são:

  • CMF – Custo de Manutenção sobre Faturamento, calculado dividindo o custo total de manutenção pelo faturamento bruto, e multiplicando por 100;
  • CPMV – Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição, indicador financeiro que analisa o custo de manutenção de cada equipamento e identifica a viabilidade em manter o ativo ou adquirir nova máquina;
  • ERV – Estimated Replace Value (Valor Estimado de Troca), para o qual deve-se dividir o custo total de manutenção pelo valor de compra do novo equipamento e multiplicar por 100;
  • CMUP – Custo de Manutenção sobre Unidade Produzida, que é calculado dividindo o custo de manutenção pelo total de unidades produzidas. Esse índice permite identificar o impacto do custo de manutenção no preço final de cada unidade fabricada.

E ainda temos outros como Backlog, HH por Tipo de Manutenção e Wrench Time: tudo para buscar mais eficiência na manutenção.

(*) Haroldo Mol é gerente técnico e comercial da ALL Lubrificantes

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