(02/02/2025) – A indústria de máquinas e equipamentos espera para 2025 o início de um processo de recuperação do setor, que fechou o ano com mais um resultado negativo. Em comparação ao ano anterior, a receita líquida total caiu 8,6%, as exportações caíram 5,5%, assim como o consumo aparente que recuou 0,2%, isto devido ao aumento das importações, que chegou a 10,6%.
Para este ano, a estimativa da Abimaq é de crescimento de 3,7%, o que obviamente não vai compensar as seguidas quedas ocorridas nos últimos três anos. A entidade se baseia no desempenho obtido pelo setor no último trimestre de 2024, que “foi marcado por importante recuperação nas receitas (5,9%), tanto no mercado interno (2,7%) quanto externo (14,6%)”.
A expectativa, assim, é que esse movimento de recuperação se mantenha no primeiro semestre, principalmente porque esse mesmo período do ano passado ficou bem abaixo das expectativas do setor.
Máquinas Agrícolas – A retração do setor se deve em grande parte à queda do segmento de máquinas e implementos agrícolas – que tem grande peso nas receitas da indústria de máquinas e equipamentos brasileira, respondendo por 22% do total dos negócios – e que apresentou retração no faturamento de 20% no ano passado.
Segundo a entidade, “todas as demais atividades econômicas registraram melhora no consumo aparente de máquinas e equipamentos, como reflexo da economia crescendo a níveis acima das expectativas do mercado”.
A boa notícia é que, para 2025, a expectativa do segmento de máquinas e implementos agrícolas também é de recuperação, com previsão de crescimento de 8%. “Isto se deve em grande parte ao clima, que este ano deve ser melhor, sem previsão de seca, ao contrário do que ocorreu no ano passado”, explicou Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.
Além do setor agrícola, o setor também espera crescimento nos segmentos fornecedores de máquinas e equipamentos para área de infraestrutura, em especial saneamento e geração e distribuição de energia, que já têm contratos de investimentos assinados. Um dos segmentos que serão beneficiados é o de máquinas para construção civil (Linha Amarela).