
(26/01/2025) – Levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostra que a produção de veículos no país somou 2,550 milhões em 2024, representando alta de 9,7% na comparação com 2023.
A expansão fez com que o Brasil retomasse da Espanha o posto de 8º maior produtor de veículos.
De acordo com a Anfavea, nenhum grande mercado do mundo cresceu tanto quanto o brasileiro em 2024. Esse, aliás, foi o maior aumento no ritmo de vendas internas desde 2007.
Mas o fato mais representativo de 2024 foi que a soma de vendas de novos e usados chegou à marca de 14,2 milhões de veículos leves vendidos, maior resultado da história.
Nos emplacamentos, o fechamento foi de 2,635 milhões de unidades, volume 14,1% mais alto que o de 2023, e bem superior à média global, que foi de +2%.
“Claramente, há uma demanda reprimida por transporte individual que vem sendo atendida de forma crescente, graças às melhores condições de crédito”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
De fato, no ano passado, houve um aumento de 36% das concessões de crédito para financiamento de veículos novos e usados. Segundo Leite, se essas condições melhorarem e se houver uma política de renovação de frota, mais pessoas poderão optar por veículos 0 km.
Exportações – As exportações de dezembro confirmaram o forte viés de alta do segundo semestre, que compensou o fraco desempenho do primeiro e fez com que fosse praticamente igualado o resultado de 2023, indicando um 2025 de recuperação nos embarques.
Ao todo, 398,5 mil veículos foram enviados para outros países. Argentina e Uruguai foram os destaques em termos de crescimento, a ponto de compensar as quedas de envios para todos os outros países da América Latina.
Já as importações, com 466,5 mil emplacamentos, apresentaram crescimento de 33%, impulsionado pela entrada maciça de eletrificados, em especial da China.
“Neste ano é preciso reequilibrar os volumes de exportação e importação, de forma a evitar um novo déficit na balança comercial, como ocorreu em 2024”, disse Leite. “Temos um Imposto de Importação muito baixo para elétricos e híbridos, o menor entre países fabricantes de veículos, o que prejudica nossa indústria”.