(09/06/2024) – O Produto Interno Bruto (PIB) do país teve alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, frente ao último trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal.
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o setor de Serviços puxou essa variação positiva, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de Outras Atividades (1,6%).
Já a Indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade, embora a produção de bens de capital tenha ficado no terreno negativo na taxa interanual. A Agropecuária, por sua vez, cresceu 11,3%.
Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, algumas atividades dentro do setor de Serviços se destacaram na alta do PIB ante o trimestre anterior.
“O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, aos serviços de internet e o desenvolvimento de sistemas, contribuíram significativamente para este avanço”, explica a executiva. “É certamente uma decorrência do aumento dos investimentos e dos serviços profissionais, que transpassam a economia como um todo”.
Rebeca lembra que, na análise do PIB pela ótica da demanda, observa-se que a continuidade do crescimento do consumo das famílias deve-se à melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.
Outro destaque positivo foi o aumento dos investimentos, alavancados pelo aumento na importação de bens de capital – cuja produção nacional, entretanto, diminuiu no trimestre -, no desenvolvimento de softwares e na indústria de construção.
No primeiro trimestre de 2024, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023, mas que na prática é quase o mesmo índice. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.
Na comparação do primeiro trimestre de 2024 com o mesmo trimestre do ano passado, houve alta de 2,5% no PIB, puxada também pelos Serviços e pelas atividades de Informação e Comunicação, Comércio e Outras Atividades de Serviços.