São Paulo, 24 de março de 2025

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12/05/2024

Feimec 2024 injeta otimismo no mercado de máquinas

(12/05/2024) – “Surpreendente”. Este foi o adjetivo mais utilizado pelos expositores entrevistados para esta reportagem para avaliar a Feimec 2024 – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, realizada na semana passada, no São Paulo Expo.

O motivo da surpresa para grande parte dos expositores era o fato de o consumo aparente de máquinas e equipamentos (nacionais e importadas) ter fechado o primeiro trimestre em baixa de 14,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com o bom volume de vendas concretizadas durante a feira e um número de visitantes qualificados acima das expectativas, o evento mostrou que a tendência de baixa que se arrasta há alguns trimestres pode ter chegado ao fim.

Luis Cassiano Rosolen, diretor-presidente da Indústrias Romi, por exemplo, disse: “A feira foi uma boa surpresa. Muitas visitas, muitos negócios. Estamos 15% acima do volume registrado na Feimec anterior, que já havia sido muito boa para nós”. Em sua avaliação, o que está impulsionando os negócios neste momento – apesar do custo do capital ainda estar elevado – é a diminuição das incertezas na economia e a necessidade da indústria nacional de aumentar a produtividade.

Com larga experiência na participação de feiras, Duarte Alves, diretor de Vendas da Okuma Latino Americana, também se disse surpreso com a qualificação dos visitantes já no dia de abertura do evento. “O início do evento costuma ser mais ‘devagar’. Esta feira foi diferente. Já no primeiro dia recebemos um bom número de clientes interessados e com poder de decisão”, diz o executivo da multinacional Okuma que na Feimec expos máquinas no estande de sua representante, a Máquinas e Soluções, e no estande da Blum-Novotest. “As perspectivas de fechar a venda destas duas máquinas aqui na feira são bem altas, além das inúmeras visitas que já agendadas para o pós-feira”.

“Recebemos uma boa visitação e fizemos excelentes contatos para as três divisões da JTEKT: máquinas, rolamentos e sistemas de direção”, resumiu Ricardo Bortolucci, diretor da Divisão Máquinas. No estande, a empresa destacou o centro vertical de 5 eixos E640-V, que se caracteriza por ser compacto, ter estrutura de elevada rigidez e alta produtividade. “Fechamos a venda de dois modelos dessa máquina aqui na feira, para a Cobaltech, de Indaiatuba”, comemorou o executivo.

Flávio de Oliveira, presidente da Gesac do Brasil, fabricante de produtos de metal duro, classificou a feira como muito boa., com visitantes muito qualificados. “Como somos relativamente novos no mercado brasileiro – abrimos a filial em 2020 – tem sido muito importante a sequência de participação em feiras para fortalecer a nossa marca no País”, comentou. E ressaltou: “principalmente após a criação de nossa área de Vendas Diretas. Recebemos aqui muitos representantes de empresas importantes no cenário nacional, potenciais futuros clientes”.

De acordo com Rogério Moraes, diretor da Blum-Novotest Brasil, a participação na feira será fundamental para a empresa atingir a meta de crescer 20% em 2024. “As indústrias estão investindo em metrologia e controle da qualidade para e melhorar a produtividade e se tornarem mais competitivas”, disse, acrescentando que era visível o interesse dos visitantes em melhoria dos processos. Na feira, a empresa fez o pré-lançamento do Form Control X, novo software de metrologia em processos que vai ajudar na produção de gestão da produção de peças, monitorando linhas automatizadas.

Alessandro Alcantarilla, diretor-geral da Blaser Swisslube do Brasil, se disse muito bem impressionado com o número e a qualificação dos visitantes. “Fizemos bons contatos aqui, inclusive com alguns grandes usuários, demonstrando que o mercado está amadurecendo e o quesito preço está deixando de ser o único fator de decisão de compra de fluidos de usinagem”, disse. O executivo comemorou ainda as informações recebidas de seus parceiros fabricantes e distribuidores de máquinas indicando a realização de bom volume de vendas. “É um fator que irá impactar o nosso negócio mais à frente.”

Bruno Watanabe, diretor-geral da Open Mind Brasil, fabricante do software hyperMill, conta que esperava que a feira, em termos de negócios, fosse tão boa quanto a anterior.  Mas se surpreendeu. “Ao final do segundo dia do evento já havíamos atingido 93% da nossa meta”, disse. “O mercado de CAD/CAM está aquecido, com os clientes procurando se desenvolver, evoluir”, disse. E completou: “Mesmo não sendo a nossa principal feira, a Feimec se mostrou tão importante quanto a Expomafe”.

Para Mairon Anthero, diretor-geral da Schunk Intec BR, o destaque da feira era a presença de vários profissionais da indústria com poder de decisão. Para ele, um sinal de que o mercado está em busca de soluções e demonstrando interesse real em investir. “Estamos satisfeitos com a movimentação da feira e a realização de leads de qualidade bem acima do esperado. Inclusive fechamos aqui alguns negócios, o que não é comum no nosso caso”.

Diretor da distribuidora e importadora de máquinas Bener, Ricardo Lerner considerou muito bom o movimento da feira, gerando vários negócios, já concretizados durante o evento, e muitos outros que devem ser realizados ao longo dos próximos seis meses. “Viemos para a feira com uma expectativa boa e o resultado está acima da expectativa, principalmente no que se refere a alguns segmentos que estavam com demanda reprimida e as pequenas e médias empresas”, disse. “Vendemos tanto máquinas de menor grau tecnológico, como das marcas Makino e da Hyundai”.

Para Naiana Nunes, diretora da Tornos do Brasil, a visitação superou as expectativas. “Os clientes vieram em bom número e com maior direcionamento, ou seja, com clareza dos equipamentos e serviços que precisam para a sua produção”, disse. “Já no terceiro dia batemos nossa meta, com bons projetos fechados aqui na feira”, disse, destacando a exibição pela primeira vez no Brasil de um torno da linha MultiSwiss da Tornos, multifuso, com capacidade de produção seis vezes superior à de um torno de cabeçote móvel, de fuso único.

Mariano Molinari, CEO do MolGroup, em visita ao estande Máquinas e Soluções, filial brasileira do grupo, mostrou-se surpreso com a movimentação da feira. “Desde que frequento feiras no Brasil esta é a melhor de que já participamos”, afirmou, frisando que no estande recebeu representantes qualificados de todos os setores industriais: agrícola, aeroespacial, automotivo, moldes e matrizes, de vários estados e de países como Chile, Peru, Argentina, Colômbia e Bolívia e “todos com projetos em estudo”. Tadeu Evangelista, diretor-geral da Máquinas e Soluções, acrescentou que “a empresa teve um bom primeiro trimestre, mas o movimento aqui está acima da expectativa. Estamos perto de bater nossa meta”.

A YG-1 do Brasil, filial da fabricante de ferramentas de corte sul-coreana, montou um estande na Feimec com o objetivo de receber atuais e potenciais clientes da marca. “As feiras são uma oportunidade de divulgar a nossa marca e estabelecer novos contatos. Nesse sentido, a feira foi muito boa, estabelecemos novos contatos aqui, em especial para a área de Vendas Diretas, implantada há apenas seis anos e que já representa 46% dos nossos negócios no Brasil”, informou Zuza  Guimarães, diretor-geral da filial brasileira e chairman advisor da YG-1

Para Carlos Alberto Buono, diretor da Vitor & Buono, a feira proporcionou “muitas visitas, vendas e boas perspectivas de negócios no pós-feira, principalmente dos nossos lançamentos aqui, a linha de máquinas de eletroerosão e o centro de usinagem vertical”. O diretor se referia a linha completa de máquinas de eletroerosão ProMill EDM, com 25 modelos, nas tecnologias a fio de molibdênio, de furo rápido e por penetração. A outra novidade eram os centros de usinagem vertical V8 e V11, lançados com a marca Vitor & Buono.

“Foi surpreendente o movimento em nosso estande”, afirmou Gustavo Carvalho, gerente de Vendas da Fagor Automation do Brasil. “Se concretizarmos os negócios iniciados nos últimos dois dias aqui na feira batemos a meta de junho”, comemorou. Na feira, a empresa de origem espanhola mostrou a linha de divers, encoders e a renovada família de CNCs, com modelos que atendem máquinas de 2 até 28 eixos.

Diferente de outros expositores, Fábio Gomes, gerente de Marketing da Oximag considerou que o movimento ficou aquém do esperado nos dois primeiros dias do evento. “Talvez devido a posição do nosso estande no pavilhão, mas nos dias seguintes tivemos um fluxo maior e engatilhamos alguns negócios”. No evento, a Oximag lançou o LMT – Levantador Magnético Pneumático, disponível em tamanhos de 5 a 50 kg, para a transferência de chapas lisas, perfiladas e onduladas, equipado com robô Hanwha.

“Recebemos um bom movimento em nosso estande, com alguns negócios já bem encaminhados”, informou Carlos Badollatto, supervisor de Vendas da AMF Industécnica. Em sua opinião, as empresas brasileiras mais dispostas a investir. “Em comparação à feira anterior, o movimento e os negócios estão bem melhor”.

De acordo com Adriano Oliveira, coordenador da área de Marketing da Mectrol Hiwin do Brasil, a feira proporcionou a geração de leads muito qualificados e várias consultas. “O que se pode perceber é que as empresas que nos visitaram estão muito interessadas em inovação e em se atualizar para manter a competitividade”. Neste sentido, os visitantes puderam conferir novidades como o fuso de esferas inteligente i4.0BS, o motor linear, mesa rotativa (4º eixo) e o robô Scara.

João Visetti, diretor-presidente da Trumpf do Brasil, comentou: “A feira está surpreendente. Estamos fazendo bons contatos, boas vendas e levantando projetos importantes”. Em sua avaliação, a indústria brasileira em geral está indo bem, com as empresas buscando investir em modernização tecnológica, embora alguns segmentos, como o de máquinas agrícolas, estejam enfrentando algumas dificuldades no momento, devido à queda internacional do preço das commodities. “mas estamos confiantes também na recuperação desse importante setor para o segundo semestre, a partir do lançamento do novo Plano Safra”.

A nota triste do evento foi a tragédia no Rio Grande do Sul, a todo momento lembrada nas conversas e nos vários cartazes afixados em alguns estandes solicitando ajuda para a população e a indústria gaúcha. E também no enorme painel ods organizadores, numa das entradas do evento, divulgando dados de entidades para o encaminhamento de contribuições.

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