(28/04/2024) – Relatório divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) mostra que, no primeiro trimestre do ano, as exportações de autopeças somaram US$ 1,8 bilhão, apresentando queda de 15,2% na comparação com o mesmo período de 2023, quando as vendas externas somaram US$ 2,2 bilhões.
Na comparação com o mês de fevereiro, porém, o mês de março, com uma receita de exportações de US$ 650,7 milhões, registrou crescimento de 6,3%. Em fevereiro, as vendas externas foram responsáveis pela entrada no país de US$ 611,9 milhões.
No entanto, no comparativo com o mês de fevereiro de 2023, houve uma queda de 18,4%, já que no segundo mês do ano passado as exportações somaram US$ 797,2 milhões.
Para a entidade, a crise econômica na Argentina e a desaceleração do mercado automotivo em vários países vizinhos têm certamente afetado as transações comerciais.
A Argentina continuou a ocupar a primeira posição como principal mercado para as autopeças brasileiras no primeiro trimestre do ano, com 32,9% de participação.
Estados Unidos, com 17,4%, México, com 12,2% e Alemanha, com 5,9% de participação, foram outros destinos importantes. A Itália, com 2,2%, foi um discreto destaque no mercado europeu.
Na América do Sul, além da Argentina, compraram autopeças brasileiras com algum volume significativo a Colômbia (3,2%), o Chile (2,8%) e o Paraguai (2,1%).
Quanto às importações, elas totalizaram US$ 4,8 bilhões nos três primeiros meses do ano, exprimindo variação de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior (US$ 4,7 bilhões).
No mês de março as importações atingiram US$ 1,8 bilhão, um aumento de 31,0% em relação a fevereiro e variação negativa de 1,9% diante do mesmo mês de 2023.
As autopeças vieram substancialmente da China, vindo na sequência os Estados Unidos, Japão e Alemanha.
Como consequência deste desempenho, o saldo comercial da indústria brasileira de autopeças apresentou resultado deficitário de US$ 2,9 bilhões, uma expansão de 13,8% na comparação com igual período do ano anterior.
Quanto ao mês de março deste ano, o déficit aumentou 11,1% comparado a igual mês do ano anterior, e 67,4% em relação a fevereiro.
