(31/03/2024) – Dados da “Sondagem Especial: Infraestrutura da Qualidade Industrial”, realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, mostram que a quantidade de regras, a frequência com que são alteradas e a dispersão dos órgãos de controle são os principais entraves para as indústrias cumprirem as metas de qualidade de seus produtos e serviços.
A CNI ouviu 1,7 mil empresas das indústrias extrativa e de transformação. Destas, 704 são pequenas, 589 são médias e 407 são grandes. Ainda de acordo com a sondagem, além do excesso de regulamentos, para 65% das empresas entrevistadas o sistema também é considerado oneroso.
De acordo com a pesquisa, as principais dificuldades para as empresas se manterem atualizadas em relação às normas técnicas e requisitos técnicos são a grande quantidade de normas e regulamentos existentes (50% das respostas), a grande quantidade de órgãos que produzem normas e regulamentos (29%) e a velocidade das mudanças nas normas e regulamentos (25% das respostas).
A consequência dessa dispersão é que apenas 27% das pequenas empresas, por exemplo, afirmaram conhecer todas as exigências técnicas e só 38% disseram conhecer a maior parte delas. Já o conhecimento entre as grandes empresas chegou a 56% e 32%.
“Obviamente, as pequenas indústrias têm menos condições de acompanhar e entender as exigências atuais”, afirma a gerente de Estratégia e Competitividade da CNI, a economista Maria Carolina Marques. “Não é que elas não queiram; é que elas não conseguem”.
Segundo a executiva, a reclamação do setor industrial não é sobre manter os produtos em conformidade com os padrões de qualidade, o que é visto como investimento e parte da atividade empresarial, mas sobre os pontos críticos levantados pela sondagem.
De fato, 72% dos empresários industriais concordam totalmente ou em parte que as empresas percebem os benefícios de investir na qualidade de seus produtos e serviços.
Consequência disto, entre as indústrias que seguem padrões privados, 71% realizaram testes ou ensaios nos últimos 12 meses para atestar a qualidade de seus produtos, percentual semelhante (72%) ao das indústrias sujeitas a regulamentos exigidos por órgãos do governo.
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