(24/03/2024) – O consumo de ferramentas de corte nos EUA registrou alta de 6,9% em 2023, na comparação com o ano anterior. O setor encerrou o exercício de 2023 com faturamento total de US$ 2,45 bilhões.
Essa expansão ocorreu apesar da retração ocorrida no mês de dezembro de 2023, quando o setor apurou faturamento de US$ 187,9 milhões, queda de 7,3% em relação aos US$ 202,7 milhões de novembro e de 0,3% em comparação com dezembro de 2022.
Os números acima constam do Cutting Tool Market Report (Relatório de Mercado de Ferramentas de Corte), recentemente divulgado pela US Cutting Tool Institute (USCTI) e a AMT – The Association For Manufacturing Technology.
“Com 2024 vêm mudanças e desafios”, afirmou Steve Boyer, presidente da USCTI, em comunicado de imprensa. Na avaliação do executivo, o setor vê oportunidades de crescimento em alguns segmentos, como aeroespacial, automotivo, médico e de eletrônica e informática. “Porém, o consumo em outros segmentos tende a desacelerando e/ou diminuir. “Embora as previsões inicialmente antecipassem quedas nas taxas de juros à medida que avançávamos para 2024, os recentes indicadores de inflação parecem moderar essas expectativas.”
Na opinião de Mark Killion, diretor de indústrias dos EUA na Oxford Economics, “depois de um forte início em 2023, as encomendas de ferramentas de corte enfraqueceram no último trimestre do ano. Como resultado, terminaram o ano perto dos níveis de 2022.”
ALTA EM JANEIRO – Após o último trimestre em queda, as vendas em janeiro chegaram a surpreender. Os pedidos de ferramentas de corte nos EUA totalizaram US$ 204,5 milhões em janeiro de 2024, o que representa alta de 9,1% em relação a dezembro de 2023 e de 4,1% sobre janeiro de 2023.
“Os pedidos de ferramentas de corte de janeiro são um bom começo para 2024 e indicam que o declínio esperado não será tão severo quanto algumas previsões do quarto trimestre que se basearam na contração nos gastos com bens duráveis”, afirmou Jack Burley, presidente da divisão de produtos de ferramentas de corte da AMT.
Tom Haag, presidente da Kyocera SGS Precision Tool, acrescentou: “A atividade de janeiro começou bastante lenta após as férias, mas pareceu se recuperar à medida que o mês avançava e se estendeu até fevereiro”, disse.
Em sua avaliação, as indústrias consumiram seus estoques no final de 2023, “que agora estão sendo reabastecidos, preparando-se – assim esperamos – para um ano de produção sólida em 2024”. E observou ainda: “Esperamos que os primeiros três meses de 2024 deem o tom para o ano, salvo quaisquer interrupções geopolíticas.”