(03/03/2024) – A demanda por máquinas rodoviárias e de construção, que caiu 17,8% em 2023, para 30.399 unidades, tende a crescer este ano, de acordo com projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgada em entrevista coletiva on-line na última quarta-feira, 28 de fevereiro.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, estimou uma alta de 5% na comercialização de equipamentos rodoviários, para 31,8 mil unidades. A curva de expansão também será devida às exportações. A projeção da entidade é que sejam vendidas no mercado externo 17.800 equipamentos, alta de 7% diante do volume de 2023, que foi de 16.611.
“Estão surgindo muitas oportunidades favoráveis ao setor de máquinas rodoviárias”, afirmou Leite, destacando a previsão de 1,7% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a queda da Taxa Selic, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa Nova Indústria Brasil, ambos do governo federal.
Segundo o presidente da Anfavea, os investimentos em infraestrutura previstos no PAC serão vitais para a sustentação e o crescimento do setor no curto e médio prazos. O programa prevê um dispêndio de R$ 1,4 trilhão até 2026.
Quanto ao mercado externo, Leite explicou que o Brasil tem se beneficiado do fato de alguns modelos de máquinas de construção serem produzidos apenas dentro do país, e encontrarem demanda importante em grandes mercados, como o dos Estados Unidos.
Durante a entrevista coletiva, e antes de divulgar o balanço e as projeções, o presidente da Anfavea mostrou a importância do setor de máquinas autopropulsoras no contexto da entidade. São cinco associadas do segmento, incluindo as máquinas rodoviárias e as agrícolas, que exportam para 125 países.
De acordo com Leite, o Brasil já é o sexto maior produtor de máquinas rodoviárias do mundo, e o quarto maior produtor de máquinas agrícolas. A capacidade instalada do segmento, que gera 160 mil empregos, é de 126 mil unidades, e a cadeia de fornecedores inclui 10,2 mil empresas. Do faturamento total de R$ 70 bilhões da indústria automotiva nacional, R$ 9,3 bilhão são gerados por este setor.