São Paulo, 14 de fevereiro de 2025

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17/02/2024

“Brasil vive maior ciclo de investimento da indústria automotiva”

(18/02/2024) – Quem assistiu à coletiva de imprensa de fevereiro da Anfavea, a entidade que reúne as montadoras de veículos do Brasil, presenciou um empolgado discurso de Márcio de Lima  Leite, presidente da entidade, sobre o momento atual da indústria automotiva brasileira. De acordo com Leite, “o Brasil vive o maior ciclo de investimentos da história da indústria automotiva”. E acrescentou: “Estamos falando de investimentos da ordem de RS 100 bilhões”.

Leite lembrou os anúncios recentes de empresas como Volkswagen, GM, Nissan, Renault, Stellantis, CAOA… “e outros que serão anunciados no decorrer deste ano”. Além de empresas já estabelecidas no mercado, o volume divulgado inclui valores novos entrantes e do setor de autopeças. Em seguida, buscou apresentar respostas para a seguinte questão: o que está acontecendo com o Brasil e o que explicaria tal volume de investimentos?

Na opinião do executivo, tais investimentos se devem em grande parte ao lançamento do Programa Mover – Mobilidade Verde. “O Mover traz uma política inteligente de incentivos à produção e P&D em solo brasileiro”, disse. “Com o anúncio do Mover, os investimentos do setor automotivo começaram a se materializar”.

PREVISIBILIDADE – Leite explica que, no ano passado, o setor automotivo procurou o governo e o congresso para levar a seguinte mensagem: se não houver segurança e previsibilidade o setor não vai investir. “O importante é ter regras. A ausência de regras gera a insegurança”, afirmou, acrescentando que o programa foi construído em conjunto pelo setor e o MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – aliás, o ministro Geraldo Alckmin participou da coletiva de imprensa.

“Além de credibilidade, segurança e crescimento econômico, é preciso previsibilidade para a atração de investimentos. E isso acaba de ser assegurado com a publicação do programa Mover”, disse.

Segundo o presidente da Anfavea, outros fatores também têm contribuído para o momento atual. Entre eles, citou a reforma tributária, a recomposição das alíquotas de importação (no caso de veículos híbridos e elétricos), a redução sistemática das taxas de juros, o novo Marco Legal das Garantias (antiga reivindicação do setor que deve reduzir o custo do spread e dos financiamentos), e a estabilidade do câmbio, se mantendo abaixo de R$ 5.

Diante deste cenário, Leite prevê a atração de novos investimentos. “Vamos superar os 100 bilhões de investimentos”, disse. Em sua opinião, o desempenho do setor em janeiro – com crescimento de 13,1% nas vendas sobre janeiro do ano passado – vem ao encontro dessa análise, embora a produção tenha se mantido estável no mesmo tipo de comparação.

“O desempenho só não foi melhor devido à expressiva queda nas exportações (-43%), com a forte diminuição dos embarques para importantes mercados, casos da Argentina, Colômbia e Chile. Para se ter uma ideia, o recuo das vendas para a Argentina foi tal que, pela primeira vez, o principal importador dos veículos brasileiros foi o México. Soma-se a isso ainda aumento da participação de importados, principalmente híbridos e elétricos, da Argentina e da China.

Na avaliação de Leite, outro fator que deve contribuir para impulsionar o desempenho do setor nos próximos anos é a demanda reprimida. Ele lembrou que o Brasil registra uma relação veículo x habitante abaixo da média de outras nações e, portanto, ainda tem muito a crescer. Nesse sentido, lembrou ainda que, últimos anos, por causa das altas taxas de juros e das dificuldades para se obter financiamento, os brasileiros tiveram menor acesso aos veículos novos. “Todo esse conjunto de fatores leva a novos investimentos e ao novo momento que o nosso setor vai viver nos próximos cinco anos”, comentou. “E a largada para este novo ciclo de investimento é agora”.

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