(21/01/2024) – A indústria brasileira de veículos fechou o ano de 2023 com números positivos. Segundo balanço apresentado pela Anfavea em 10 de janeiro, a produção consolidada de automóveis e comerciais leves foi de 2.204 mil unidades, com alta de 1,3% em relação a 2022. Segundo a entidade, o volume só não foi maior devido ao encolhimento de 16% das exportações e do aumento de 29% das importações.
Resultados ainda melhores foram obtidos nas vendas ao mercado interno de veículos leves, com 2.180 mil unidades, alta de 11,2%. Segundo a entidade, a média diária de emplacamentos cresceu de forma consistente ao longo de 2023, fechando com 12,4 mil unidades/dia em dezembro, melhor resultado dos últimos quatro anos.
O bom desempenho no último mês foi puxado principalmente pelas locadoras, que compraram 75 mil unidades, 30 mil a mais que a média do ano passado. Outro fator que impulsionou os emplacamentos foram as promoções para vendas de modelos híbridos e elétricos antes da volta do Imposto de Importação, que ocorreu na virada deste ano.
Exportações – O balanço anual das exportações trouxe um fato inédito. O México foi o principal destino das exportações brasileiras (32% do total), posição tradicionalmente ocupada pela Argentina. Além dos embarques para o México, que cresceram 51% na comparação com 2022, apenas o Uruguai registrou aumento, de 5%. Com a queda de todos os outros mercados, entre eles alguns importantes, como Argentina (-16%), Chile (-57%) e Colômbia (-53%), as exportações brasileiras de veículos recuaram 16%, totalizando 403,9 mil unidades.
Projeções para 2024 – A Anfavea projeta crescimento de 6,1% nas vendas de veículos em 2024, chegando a 2.450 mil unidades. Para a produção, a entidade projeta alta de 6,2%, com um total de 2.470 mil unidades. No caso das exportações, a expectativa é de expansão de apena s 0,7%, totalizando 407 mil unidades.
“Temos motivos para acreditar num ano positivo para o setor automotivo brasileiro. Além da expectativa de crescimento do mercado interno e da produção, devemos celebrar a publicação da MP 1.205 que instituiu o Programa Mover. Trata-se uma política industrial muito moderna e inteligente, que garante previsibilidade a toda a cadeia automotiva presente no país e a novas empresas que chegarem, e ainda privilegia as novas tecnologias de descarbonização, os investimentos em P&D e favorece a neoindustrialização”, afirmou Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, ressaltando que os maiores benefícios serão para a sociedade, a atividade econômica e o meio ambiente.
