São Paulo, 09 de dezembro de 2023

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28/10/2023

Projeto de avião da USP reduz consumo de combustível em 30%

(29/10/2023) – Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um conceito de aeronave que deve apresentar novos caminhos para os aviões de grande porte de passageiros.

O avião, feito em um modelo 28 vezes menor para poder ser testado em túneis de vento, proporciona uma redução em torno de 12% de combustível queimado, na comparação com os grandes jatos convencionais, e uma economia de até 30%, caso sejam utilizados combustíveis alternativos e materiais mais leves.

Conceitualmente, o avião da USP é uma junção inédita de duas tecnologias inovadoras nas asas e nas turbinas. Um deles é a asa em caixa, como se fossem duas asas em alturas diferentes que se juntam nas pontas, melhorando a eficiência e estabilidade do voo. Este formato aumenta o desempenho do deslocamento em voo.

“A principal vantagem desta configuração é o aumento da eficiência aerodinâmica em cruzeiro e uma melhor distribuição dos esforços aerodinâmicos entre as asas, o que pode reduzir o peso da estrutura”, explica Pedro David Bravo-Mosquera, um dos líderes da pesquisa.

A outra tecnologia adotada é a colocação de motores junto ao corpo do avião. Nesse sistema de propulsão, chamado “ingestão de camada limite”, os motores sugam o escoamento de ar ao redor da aeronave, permitindo que ela se mova com menos potência, reduzindo assim o uso de combustível.

A asa em caixa, por si só, aumentou a eficiência aerodinâmica em 8,2% na condição de cruzeiro. Já o sistema de propulsão por ingestão de camada limite melhorou a propulsão em 6,5%, reduzindo o desperdício de energia.

Isso, sem perda de eficiência: os aviões conseguiriam um desempenho semelhante à velocidade atingida hoje, porém com maior economia de energia. Na prática, significa que os trajetos poderiam ser mais longos do que os de aviões do mesmo porte, com 180 passageiros, pois haveria menos necessidade de abastecimento com a mesma capacidade de combustível no tanque.

O projeto atingiu o Nível 3 no Technology Readiness Level (TRL), escala desenvolvida pela Nasa para avaliar a maturidade de uma determinada tecnologia. Quando atingir o Nível 4, a tecnologia precisará ser submetida a testes pela indústria.

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