(17/09/2023) – O estado de Minas Gerais avançou 5% na produção industrial de janeiro a julho deste ano, enquanto o país como um todo teve queda de 0,4% no mesmo período.
Diante de julho de 2022, a produção industrial do estado avançou 0,8%, resultado também superior ao registrado no Brasil (-1,1%). Já no acumulado de 12 meses, o avanço da produção mineira foi de 3,6%, enquanto no país o índice registrado foi de 0,0%.
Os dados constam no Boletim Econômico divulgado na última quarta-feira, 13, pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) a partir de resultados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O bom desempenho da indústria mineira, o terceiro melhor do país, deveu-se tanto às atividades extrativas, incluindo a mineração, como à indústria de transformação.
As atividades extrativas avançaram 9,9% e a indústria de transformação, 3,2%. No acumulado de 12 meses, a produção cresceu 4,7% no setor extrativo e 2,8% no de transformação fabril.
“O estado tem sido beneficiado, sem dúvida, pelos avanços na extração de minério de ferro”, diz o economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva. “Mas há bons resultados em todos os segmentos relevantes, como a cadeia automotiva, o setor metal mecânico, o petróleo e biocombustíveis e a fabricação de máquinas e equipamentos”.
De acordo com Silva, a produção de veículos em Minas, por exemplo, cresceu 10,7% no ano, enquanto a brasileira caiu 3,3%. Já a fatia dos bens de capital subiu 12,8% no estado, caindo 6% no país.
No segmento de transformação, 8 das 13 atividades pesquisadas apresentaram crescimento. Destaque positivo para borracha e material plástico (20,5%) e celulose e papel (11,9%). Os destaques negativos foram produtos químicos (-14,4%) e minerais não metálicos (-4,6%).
A perspectiva é de mais crescimento da produção industrial do estado nos próximos meses, e ainda em ritmo superior ao do país.
Termômetro importante da economia e do ânimo dos empresários diante da intenção de investimentos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Minas Gerais, por exemplo, marcou 53,1 pontos em agosto, ou 0,3 ponto acima da sua média histórica.