(10/09/2023) – Na última década, período iniciado com a contratação de Marcos Mantovani para dirigir a filial brasileira, a Ceratizit tem direcionado todos os seus investimentos no Brasil para a estruturação local da empresa, principalmente para a formação das equipes técnica e de vendas.
“Nesse período praticamente não investimos na participação em feiras ou na realização de eventos. O combinado com a matriz é que a prioridade era o investimento na formação de uma equipe robusta”, diz Marcos Mantovani, diretor-geral da Ceratizit do Brasil. Uma das mais recentes ações nesse sentido foi a estruturação da rede de distribuição em toda a América do Sul, concluída em 2022. “Desde o ano passado, todos os clientes da América do Sul – aí incluídas as montadoras instaladas na Argentina, que eram atendidas pela matriz – passaram a ser atendidos pelo Brasil”.
Com isso, a filial ganhou corpo no que se refere a faturamento e hoje já é possível dizer que está bem-estruturada, em condições de “disputar negócios com os grandes players do mercado de ferramentas para usinagem, como era a nossa intenção”, diz Mantovani, acrescentando que esse fato permitiu à filial brasileira dar início a uma nova etapa no mercado brasileiro.
Para marcar o início da nova fase, a Ceratizit promoveu a realização de seu primeiro evento de grande porte no Brasil, nas instalações da Grob, em São Bernardo do Campo (SP), no dia 31 de agosto. A empresa reuniu um grupo de 72 profissionais, entre clientes e distribuidores de vários países da América do Sul e de praticamente todo o Brasil para o “Seminário Internacional de Ferramentas de Corte”, em parceria com a Grob.
Mantovani explica que a Grob é um grande parceiro da Ceratizit na Alemanha e também no Brasil, onde já equipou mais de 100 máquinas com o ToolScope, sistema de monitoramento de processos da Ceratizit que funciona integrado às máquinas operatrizes, captando dados que possibilitam melhor controle de processos de produção. “Desde a aquisição pela Ceratizit da Komet (fabricante de ferramentas de PCD e CBN) tem crescido também a nossa parceria na área de ferramentas de usinagem”, acrescenta o diretor.
INDÚSTRIA 4.0 E SUSTENTABILIDADE – Com o objetivo de apresentar as mais recentes novidades tecnológicas em ferramentas de corte, Indústria 4.0, digitalização e sustentabilidade, a Ceratizit trouxe dois especialistas da Alemanha: Brian Lorenzen, Marketing and Communications Manager, e Klaus Lupfer, Product Management Specialist.
Lorenzen fez uma apresentação da companhia e das marcas do grupo – além da Ceratizit, o grupo conta com as marcas Komet, WNT, Klenk, entre outras. “Hoje, nosso portfólio é composto de mais de 75 mil itens, abrangendo todas as operações de usinagem”, informou.
O gerente lembrou que, nos últimos anos, com o advento da Indústria 4.0, a empresa passou a investir pesado no desenvolvimento de soluções, criando a linha CeraSmart, que já conta com produtos como o ToolScope e CockPit; além de ferramentas acionadas, o revolucionário método de torneamento Free Turn, o novo revestimento Dragon Skin, além de soluções com o emprego de manufatura aditiva.
Já Lupfer destacou a importância que a sustentabilidade passou a ter na Ceratizit. “Uma das missões da Ceratizit, hoje, é a de trabalhar para ter ferramentas sustentáveis no futuro e para o futuro”, disse. Entre as metas, foi definido o objetivo de reduzir a pegada de carbono em 35% até 2025; de 60% até 2030; e net zero até 2040.
Para tanto, está investindo para alcançar a meta de utilizar 80% de energias renováveis, com painéis solares e, em breve, o uso de hidrogênio verde. Outro passo é a economia no uso de recursos minerais para a produção das ferramentas, com o aumento gradual do uso de material reciclado, com meta de atingir 95% até 2030. “Também estamos trabalhando com nossos fornecedores para a substituição das embalagens, a exemplo da Rose Plastic que já nos entrega 60% das encomendas com materiais reciclados”.
Ainda na área da sustentabilidade, a Ceratizit vai lançar na EMO 2023, ainda este mês, um sistema de classificação da pegada de carbono. Trata-se do primeiro padrão para o cálculo e a classificação da pegada de CO2 de produtos de metal duro, conforme notícia publicada recentemente aqui no Usinagem-Brasil.
O evento contou ainda com uma parte prática com a usinagem, no CAT – Centro de Aplicação Tecnológica da Grob, de uma peça demonstração com a utilização de várias ferramentas do portfólio da Ceratizit.
Mantovani concluiu informando que novos eventos, semelhantes ao realizado em parceria com a Grob, já estão planejados, desta vez para atender os clientes diretos da Ceratizit no Brasil e na América do Sul.
