(03/09/2023) – A Prumo Logística, a holding responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, no norte do estado do Rio de Janeiro, anunciou na última quarta-feira, 30 de agosto, a previsão de R$ 15 bilhões de investimentos em projetos voltados à transição energética naquele complexo portuário-industrial, em um prazo de até dez anos.
A informação foi dada durante o Prumo Day, evento realizado no auditório da Editora Globo, no Rio, que reuniu players globais para discutir as oportunidades e os desafios da transição energética e do desenvolvimento da indústria de baixo carbono no Brasil.
“Estamos estruturando o Porto do Açu para transformá-lo no principal porto da transição energética no Brasil”, disse Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística. “A nossa expectativa é de que, até o final desta década, os nossos projetos de baixo carbono estejam todos implantados. O porto será, então, um dos poucos no mundo com industrialização de baixo carbono”.
O Porto do Açu está em operação desde 2014 e é o maior complexo portuário-industrial de águas profundas da América Latina. Ao todo, o complexo já recebeu R$ 22 bilhões em investimentos.
Os novos aportes em projetos de transição energética incluem entendimento e acordos já assinados para instalação de projetos eólicos offshore e plantas de hidrogênio renovável, soluções para a siderurgia de baixo carbono, produção de fertilizantes nitrogenados, geração solar fotovoltaica e de biogás.
Dentre estes acordos, estão parcerias para o desenvolvimento de plantas de hidrogênio verde com a SPIC Brasil, além de projetos de eólica offshore com a EDF Renewables, a TotalEnergies e a Neoenergia.
A Prumo e a Geo Bio Gas&Carbon, da área de biogás, também assinaram no evento uma nova parceria para a realização de um estudo de viabilidade para a potencial instalação de uma planta de geração de biogás no complexo ou em regiões adjacentes.
A unidade seria a primeira dedicada à produção de biogás no Açu e o objetivo é que o biogás possa atender as empresas instaladas no complexo portuário. A planta em estudo teria capacidade de produção de 200 mil m³/dia de biometano. A conexão da unidade com gasodutos domésticos também está sendo aventada.